Processo seletivo preenche vagas nas unidades de saúde de Içara

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De acordo com a secretária de Saúde, até a metade da próxima semana o quadro de médicos estará completo

O processo seletivo realizado pelo governo Municipal para preencher o quadro de médicos nas unidades de saúde de Içara contou com 43 candidatos aprovados. Das cinco vagas de médico que o município requisitou, quatro profissionais já foram contratados.

“Falta só uma médica, que de acordo com o edital, tem até segunda-feira para se apresentar”, explica a secretária de Saúde de Içara, Jaqueline dos Santos.

Segundo ela, até terça-feira, todas as unidades de saúde do município terão seus respectivos médicos, sem haver necessidade de rodízio.

O processo seletivo foi realizado porque no primeiro semestre, o Governo Federal interrompeu o programa Mais Médicos, e Içara foi afetada com a ausência dos médicos do programa.

“Além disso, alguns médicos passaram em prova de residência e também saíram. Então a gente fez o processo seletivo e começamos a chamar os profissionais”, lembra.

Recursos do município

A secretária ressalta que os médicos estão sendo contratados com recursos do próprio município. “Isso porque o Governo Federal não deu recurso financeiro para continuar pagando os médicos após o término do programa e nem realizou a reposição dos profissionais”, conta.

O município gasta, com cada médico, aproximadamente 18 mil reais (incluindo encargos).

Mais médicos

Sobre a possibilidade de o Programa Mais Médicos ser colocado em prática pelo governo Federal novamente, a secretária Jaqueline dos Santos afirma que não ocorreu nenhum comunicado do Ministério da Saúde para as secretarias municipais da região. “É necessário aguardar um posicionamento oficial do Governo Federal”, afirma.

Segundo uma matéria publicada pelo Estadão, o Governo Federal pretende editar em agosto uma medida provisória alterando o Programa Mais Médicos e reincorporando profissionais cubanos. Eles tiveram de sair do programa com o rompimento do acordo de colaboração entre Brasil e Cuba, mas a ideia é que voltem a trabalhar na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) por um período de dois anos. Terminado esse prazo, precisarão revalidar o diploma.

A estimativa é de que 2 mil dos 8 mil profissionais que vieram para o Brasil permaneceram aqui depois do fim do acordo, muitos na esperança de serem readmitidos no SUS.