Destaque na produção agropecuária, Santa Catarina quer priorizar o cultivo mais responsável e com menores impactos ao meio ambiente. Para isso, o Governo do Estado criou o Programa AgroConsciente, uma nova diretriz para a elaboração de políticas públicas e ações voltadas para o agronegócio. A expectativa é investir mais de R$ 40 milhões no cuidado com o solo, melhorias no processo produtivo e sistemas alternativos de produção.
Segundo secretário da Agricultura, Ricardo de Gouvêa, a intenção do projeto é proporcionar mais renda ao produtor rural, com maior segurança alimentar à população e minimizando os impactos ao meio ambiente.
“Santa Catarina tem sido protagonista em vários setores, somos destaque internacional pela qualidade dos nossos produtos e agora temos um novo desafio. Nossa agricultura é altamente tecnificada, nossos produtores são extremamente dedicados e a produção agroconsciente será a nova marca do agronegócio catarinense”, destacou o secretário.
O Programa contempla a produção de alimentos convencional e também o sistema orgânico e agroecológico, com ações específicas para fomentar os projetos agroconscientes, a capacitação de agricultores, fiscalização do comércio e uso irregular de agrotóxicos e lançamento de pesquisas e tecnologias. Durante a reunião desta quarta-feira, os representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro), Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC) ressaltaram a importância do alinhamento de ações junto à iniciativa privada para que o AgroConsciente ganhe ainda mais força.
Os já tradicionais programas da Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, que apoiam os investimentos e melhorias no meio rural catarinense, possuem agora linhas especiais para o apoio à produção agroconsciente. Em um ano, a expectativa é destinar aproximadamente R$ 40 milhões e atender mais de 15 mil produtores.
Com o Menos Juros, os agricultores e pescadores contam com financiamentos de até R$ 100 mil, com o subsídio de juros de 2,5% e um prazo de oito anos para o pagamento. Os investimentos podem ser utilizados para captação, armazenagem e distribuição de água para consumo humano e animal; energias renováveis ou inovação e produção limpa.
O Programa de Fomento à Produção Agropecuária traz um limite de financiamento de R$ 30 mil para melhoria de sistemas produtivos e de R$ 40 mil para agregação de valor. A linha não tem juros e os produtores têm cinco anos de prazo para pagamento.
O Programa Terra-Boa neste ano conta também com o projeto-piloto Kit Solo Saudável, que libera kits compostos por sementes de, ao menos, duas espécies ou cultivares de plantas para adubação verde e insumos. O valor do kit é de cerca de R$ 2 mil e o produtor tem dois anos de prazo para pagamento, com parcela anual. Se o pagamento for único, haverá subvenção de 60% sobre o valor da segunda parcela.