Forcri e Observatório Social apresentam propostas para diminuir gastos da Câmara Municipal de Criciúma
Esta não é a primeira vez que o Fórum de Criciúma (Forcri) e o Observatório Social apresentam propostas para diminuir o custo do legislativo municipal. Em anos anteriores, pouco foi feito pelos vereadores, principalmente a decisão mais emblemática para se economizar: reduzir o repasse do Executivo previsto em lei de 5% para 3%.
Ontem, mais uma vez, representantes destas entidades foram à Câmara de Vereadores de Criciúma para apresentar propostas que visam a redução dos custos de operação na casa. “Algumas ações podem diminuir os gastos da Câmara, e reenviaremos, nos mesmos moldes enviados em 2016, nossas propostas”, informou o presidente do Forcri, Donato Moro. Em 2017, no começo da atual legislatura, o Observatório Social apresentou ideias para redução de custos também.
Eles foram recebidos pelo presidente em exercício do Legislativo, Pastor Jair Alexandre, para quem as sugestões são sempre bem vindas. “Se não forem acatadas totalmente, podem ser em partes. Eu concordo com algumas delas”, disse, sobre o encontro.
Para o presidente da Forcri, o principal ponto para se baixar os gastos é diminuir o custeio via repasse mensal da Prefeitura de Criciúma, além, é claro, de fazer cortes.
“Hoje, 5% sobre a arrecadação do município é muito dinheiro. Nós achamos que poderia ser repassado algo em torno de 3%, que faria frente, mas para isso precisaria mudar a lei orgânica”, informa Moro. Ele ainda considera importante se fazer o levantamento dos gastos mensais. “Nós achamos que tem vários itens a serem cortados, como reduzir o número de assessores, por exemplo”, citou.
A sobra mensal do que é destinado pelo Executivo poderia ser devolvido imediatamente, mas há muitas legislaturas, os presidentes preferem devolver no fim de cada ano. “A sobra deveria ser passada integralmente, e o Miri também concorda comigo de que a sobra deveria ser passada mensalmente. Neste ano estamos devolvendo quase R$ 10 milhões”, disse o Pastor Jair Alexandre.
Salários menores
Nas últimas semanas, um projeto surgiu querendo baixar os salários dos vereadores de Criciúma. A ideia foi apresentada pelo suplente Diogo Goulart, e já conta com quase mil assinaturas. Seria mais um item a se adicionar nas propostas da Forcri e Observatório Social.
No entanto, até o vereador Zairo Casagrande (PSD)m entusiasta do projeto que visa baixar os salários, disse ontem que não garante que levará a proposta a plenário. “Seria oportunismo dizer que sou amplamente favorável ao projeto. Tem alguns pontos que precisamos esclarecer ainda”, disse o vereador na Rádio Som Maior.
Segundo ele, não adiantaria apresentar esse projeto isolado. “É preciso buscar outras formas de reduzir o orçamento anual da casa”, completou e garantiu: “É uma proposta que não vai prosperar”.
Um dado importante que Zairo Casagrande explanou é que há uma avaliação de que com 3,5% do duodécimo a Câmara de Vereadores trabalharia muito bem. “A nossa ideia era de que fosse reduzido 0,5% ao ano. Eu coloquei algumas propostas, mas que infelizmente não foi simpática e não foi aceita. Quem vota essas questões são os vereadores, que foram eleitos legitimamente para isso”, comentou o vereador na Som Maior.