Estimativa é que o serviço custará R$ 65 mil mensais sem a cedência de funcionários pelas prefeituras. Se houver, o custo diminui
A viabilidade de socorro em atendimentos primários de saúde para mais de 1 milhão de pessoas nas regiões da Amrec, Amesc e Amurel foi discutida ontem pela comissão que acompanha o projeto do Serviço Aeromédico no Sul catarinense.
No gabinete do prefeito Clésio Salvaro, os membros buscaram apoio para contratação de médicos e enfermeiros que viabilizem o projeto. “São 50 municípios que poderão ser atendidos com esse serviço. O assunto vai ser discutido com os outros prefeitos vizinhos”, pontuou o vereador Tita Belolli, presidente da comissão.
Depois de implantado, o aeromédico vai atender ocorrências registradas dos municípios de Passo de Torres a Imbituba. “Criciúma está nesse projeto e entende que o aeromédico vai salvar muitas vidas. Claro que é um assunto que envolve custos e a contratação de profissionais, por isso será tratado com os prefeitos da Amrec, na próxima semana”, afirmou o prefeito Clésio Salvaro.
O Saer (Serviço Aeropolicial) da Polícia Civil chegou ao Sul Catarinense em novembro de 2016 para atuar em questões plenas de segurança e situações emergenciais de saúde. Agora, o objetivo da proposta é que a aeronave contribua de forma mais direta em questões de atendimentos primários.
“Hoje, o Saer já conta com o Serviço Aeropolicial, o que precisamos são de médicos e enfermeiros. O funcionamento e manutenção da aeronave já são assunto tratado com a Polícia Civil e Governo do Estado. Tudo está convergindo para que o projeto saia do papel ainda neste ano”, completou Belloli.
“Criciúma deve contribuir proporcionalmente com o serviço. Temos 215 mil habitantes e a população da região carbonífera são mais 220 mil, ou seja, Criciúma fica com metade dessa conta com o apoio de outros municípios”, disse Salvaro. Ele informou ainda que isso, se todos estiverem de acordo.
A expectativa é que o Saer custe R$ 65 mil mensais sem a cedência de funcionários pelas prefeituras. Se houver a cedência, o custo diminui.
Como município-polo da região, Criciúma será a referência para a implantação do Saer. “É muito importante. Criciúma está nesse projeto. O aeromédico vai salvar muitas vidas pela resposta rápida que dá àquelas pessoas que precisam ser atendidas de forma emergencial”, avaliou Salvaro. “Envolve custos, tem a necessidade de se contratar profissionais, por isso vai ser tratado com os prefeitos da região carbonífera e do Vale do Araranguá. Se todos estiverem de acordo e cada um contribuir um pouco, não será difícil ter esse belo serviço à disposição”, completou. “Claro que não é justo apenas Criciúma pagar essa conta sozinho. Se todos estiverem de acordo, Criciúma está de acordo. Nós estamos de acordo”, emendou.
O presidente da comissão observou que o Saer vai além de Amrec e Amesc. “O prefeito é presidente da Amrec. A conversa foi produtiva e ele se colocou à disposição. O serviço não vai atender apenas Criciúma mas todos de Passo de Torres a Imbituba”, destacou o vereador Tita Beloli. “Na próxima reunião da Amrec estará na pauta a apresentação para todos os prefeitos. Acho justo que todos participem desse projeto. Vai atender todos os 50 municípios, vai atender 1 milhão de pessoas e salvar vidas”, complementou.