Unesc recebe palestra de Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia
No semestre em que se comemora os 20 anos de graduação de Ciências Econômicas da Unesc, o curso traz um evento especial para marcar a data. No dia 6 de setembro a Universidade receberá a palestra “Impactos econômicos do novo FGTS” com o Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. O evento ocorrerá às 20h no Auditório Ruy Hülse e tem entrada franca.
Entre as pautas abordadas por Sachsida estão as principais reformas já realizadas pelo atual governo e outras demandas estudadas pela administração do país. De acordo o coordenador do curso, Amauri de Souza Porto Junior, é de grande importância debater assuntos deste estilo com a comunidade interna e externa. “Ele é um representante do alto escalão do governo e vem apresentar as medidas de conduta da política econômica do país. São decisões, algumas já tomadas, mas outras que estão por vir e que abrem um importante debate na comunidade acadêmica”, enfatiza.
Conheça o secretário
Adolfo Sachsida possui doutorado em Economia pela UnB (Universidade de Brasília) e pós-doutorado na Universidade do Alabama. É advogado com estudos na área de direito tributário. Funcionário público concursado, técnico de planejamento e pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Atuou como professor na UnB, na Universidade Católica de Brasília, FGV (Fundação Getúlio Vargas) e IBMEC (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) ambas de Brasília. Nos Estados Unidos foi professor de economia na Universidade do Texas (Edinburgh).
Entre os assuntos abordados, tem experiência na área de Macroeconomia, sendo autor de vários livros e artigos técnicos sobre política econômica, política monetária, política fiscal, avaliação de políticas públicas, e tributação.
Publicou vários artigos em renomadas revistas nacionais e internacionais. É autor de três livros: “Fatores Determinantes da Riqueza de uma Nação”; “A Crise de 2007-09: Uma Explicação Liberal”; e “Considerações Econômicas, Morais e Sociais Sobre a Tributação”. Além disso, foi organizador dos livros “Reforma Tributária no Brasil: Ideias e Propostas”, “Reforma Tributária IPEA e OAB-DF”, e “Avaliando mais de R$ 500 bilhões de Reais em Políticas Públicas”.
Dólar fecha a R$4,18
O dólar comercial fechou o dia com queda de 0,09%, cotado a R$4,18 na venda. O valor continua sendo o mais alto desde 13 de setembro do ano passado. À época, a moeda fechou em R$4,196, recorde desde a implementação do Plano Real. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em baixa de 0,94%, aos 99.680,83 pontos. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
EUA perdem venda de milho para Brasil e Argentina
O presidente dos EUA, Donald Trump, fechou as portas da China para a soja dos americanos, colocando os produtores em uma situação delicada. No milho, no entanto, foram os próprios produtores que criaram um caminho tortuoso para eles mesmos. O clima desfavorável, atraso no plantio e estimativas de baixa produção no país levaram os americanos a segurar o milho que ainda não tinham comercializado, à espera de melhores preços. O resultado foi que os tradicionais importadores de milho dos Estados Unidos foram para outros mercados, como Ucrânia, Argentina e Brasil. Os números do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) mostram o quadro de vendas reduzidas dos produtores americanos. As previsões iniciais de exportações para a safra 2018/19, que terminou no sábado (31), eram de 62 milhões de toneladas. Ficaram em apenas 50 milhões. O problema para os americanos agora é que o Usda reviu para cima os dados de produção da safra 2019/20, a que se mostrava com sérios problemas no plantio.
A estimativa é de uma produção de 352 milhões de toneladas —alguns analistas chegaram a prever apenas 330 milhões há alguns meses. Se confirmada a estimativa atual, a safra 2019/20 ficará próxima da de 2018/19, que foi boa e atingiu 366 milhões.
A partir de agora terão a concorrência dos brasileiros, dos argentinos e dos ucranianos, todos com boas safras. Incentivados pelo valor elevado do dólar, os exportadores brasileiros vão colocar um volume recorde de milho no mercado externo neste ano. De janeiro a agosto, as exportações já somam 23 milhões de toneladas, um pouco acima do volume de janeiro a dezembro do ano passado.
Os argentinos, tradicionais exportadores de milho, vão aumentar a oferta do cereal neste segundo semestre, e os ucranianos, com boas safras, vêm ganhando espaço ano a ano no mercado internacional, disputando mercado com os brasileiros. O avanço de novos concorrentes no mercado internacional coloca empecilhos à posição dos Estados Unidos, os maiores produtores e exportadores mundiais de milho.
Economista Ismael Cittadin – Professor do curso de Ciências Econômicas da UNESC – Contato: ismaelcittadin@gmail.com