Governo do Estado suspende saída da Cidasc de Criciúma

67

Companhia seria transferida para Araranguá. Assunto gerou mobilização das lideranças

Depois de uma segunda-feira de mobilizações, Criciúma conquistou uma vitória importante. Após serem pegos de surpresa com a notícia de que o departamento regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) deixaria o município e seria transferido para Araranguá, o prefeito Clésio Salvaro conseguiu manter a entidade, pelo menos por mais tempo.

Após reunião com o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, foi definida a suspensão da transferência. Segundo o secretário, o assunto não passou pelo governador Carlos Moisés, sendo uma decisão técnica que partiu diretamente da diretoria da Cidasc.

Também foi marcada uma reunião com o governador para definir a situação. A principal justificativa de Salvaro e outras lideranças para que a Cidasc permaneça em Criciúma não somente pelo município ser o polo regional, mas também por ficar no meio do caminho para quem vem de outras cidades.

A Cidasc, por outro lado, afirma que a transferência faz parte de uma reestruturação da Companhia, decidida em uma reunião do conselho com a diretoria. A decisão teria sido comunicada na última semana, por meio de uma webconferência. Toda a parte administrativa seria realizada em Araranguá, com uma nova equipe de trabalho, mas realizando o mesmo trabalho que hoje é feito em Criciúma.

Mobilização de todos os setores

O assunto foi amplamente discutido por diversas lideranças do município. Na Câmara de Vereadores, o tema foi discutido a portas fechadas, no meio da sessão ordinária da segunda-feira. Em seguida, os legisladores se manifestaram contrários à mudança.

“Nós não aceitamos tirar a Cidasc de Criciúma, porque precisamos valorizar os nossos agricultores. Nós estamos muito tristes com essa notícia, com o Governo do Estado tentar tirar novamente um órgão muito importante da nossa cidade”, destaca o vereador Tita Beloli, que levou o assunto à Casa.

A Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) também se manifestou contrária à saída.