Xodós dos carvoeiros

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Volante Liel e atacante Léo Gamalho aparecem como candidatos a ídolos dos torcedores

Acostumada com os heróis do passado, a torcida do Criciúma sofre com a falta de referências no time em tempos atuais. O grande nome do time é o goleiro Luiz, que veste a camisa tricolor desde 2014 e conquistou a braçadeira de capitão, mas que vem sofrendo com problemas físicos.

Mas aos poucos, o torcedor vai pegando o gosto por alguns jogadores. Ídolos ainda não. Mas já são xodós, caso do volante Liel, pela raça mostrada em campo, e do atacante Léo Gamalho, goleador do time na temporada.

Liel já havia conquistado o torcedor no ano passado. Além da disposição em cada lance, também se destacou pelos gols. Foram oito na Série B do ano passado. Números expressivos para um defensor. E contra o Coritiba, na última semana, já fez o primeiro deste ano.

‘“Trabalho para isso. O trabalho foi muito bem feito e a gente só colocou em prática. Buscamos a vitória o tempo todo e fui feliz com o gol. Confio sim no meu trabalho, confio na minha bola parada e vou para a área para fazer o gol”, conta o volante, que pensa em superar os oito gols de 2018. “É meta, sim. Vou para a área com a intenção de fazer o gol. Se vier na minha reta, vou buscar o gol”, completa.

Emprestado pelo Tubarão até o fim do ano passado, o jogador teve que se reapresentar ao Peixe, mesmo destacando o desejo de permanecer no Tigre. Vontade que foi concretizada meses depois.

Na época, chegou ao clube fora de forma, mas perdeu peso e tem sido uma peça importante na equipe. “Fizeram um planejamento muito bom para mim e eu fiz o que tinha que ser feito. Fiz tudo certinho, consegui entrar em forma, agora é só manter e buscar sempre a melhor forma”, conta.

A identificação com o clube é tamanha, que muitos dizem que ele nasceu para jogar no Tigre. E o jogador não negou a felicidade com a expressão. “Fico feliz. Esse ditado que eu nasci para jogar no Criciúma, agradeço a torcida. Agradeço todo mundo, mas acho que é o meu trabalho. O que eu faço, que eu fiz e vou continuar fazendo. Vou dar o meu melhor para ajudar o Criciúma sempre.

“Meu querer é sempre estar no Criciúma. Um clube que eu me identifiquei. Sempre falei isso. Gosto muito da cidade, gosto muito do clube. E se for possível, vou trabalhar para isso”, completa.

Goleador

Já o atacante Léo Gamalho chegou há pouco tempo. O gaúcho de 33 anos chegou ao clube no fim de março, e desde então, fez aquilo que a torcida esperava dele: gols.

Mesmo sem participar de todos os jogos, por lesões, ele é o artilheiro do Tigre na Série B. Foram quatro gols, mais da metade de todo o time (que balançou a rede apenas 7 vezes na competição). Mas mesmo assim, ele não coloca uma meta de gols, prefere pensar em ajudar a equipe.

“Não estabeleço meta. Teve um ano que fiz 32 gols, em 2014, e não estabeleci. Entro para ajudar a equipe da melhor maneira. Às vezes com gol, às vezes com assistência, às vezes com nenhum nem outro. Mas o importante é estar ajudando”, revela.

Neste início de trajetória no Criciúma, além de brigar com os zagueiros e goleiros rivais, ele precisa enfrentar um adversário que não está acostumado: as lesões.

“Para mim foi difícil. Fiquei quatro meses parado sem jogar. Tive algumas situações pessoais que tive que resolver, que que me impediram de fazer o que eu mais gostava. Depois cheguei e não fiz a pré-temporada. Dei uma acelerada, até por que a equipe estava precisando e isso me custou um pouco. Não tenho histórico de lesão, mas isso acabou acontecendo. Agradecer a parte da preparação física, o preparador físico, pessoal da fisioterapia, médico, fisiologia. Pessoal que me acompanha, me ajuda. Esse pessoal me deu um apoio grande e eu sou grato a eles”, afirmou.

De olho no Vitória

O Tigre segue a preparação para o jogo da sexta-feira, contra o Vitória, pela 10ª rodada da Série B. A equipe se reapresentou ontem no Centro de Treinamento Antenor Angeloni.

O time tem uma baixa confirmada. O volante Wesley está fora, pois recebeu o terceiro cartão amarelo no jogo com o Coritiba.