Vitória diante do Brasil, em Pelotas, deixa o Criciúma fora da zona de rebaixamento durante a parada para a Copa América
O momento era de tensão. Criciúma na zona de rebaixamento. Derrota fora para o Botafogo, empate em casa com o Vila Nova e nada de subir na tabela. Se não vencesse o Brasil de Pelotas, no Rio Grande do Sul, o Tigre ficaria mais de um mês, período da parada para a Copa América, ente os quatro últimos. Mas na última chance, brilhou a estrela do Tricolor Carvoeiro.
A vitória por 1 a 0, na noite de terça-feira, levou o time para a 14ª posição. Longe do esperado, que era pelo menos a proximidade com o G-4. Mas fora da zona de rebaixamento, ganha tranquilidade para a intertemporada.
“Com essa parada vamos poder trabalhar da maneira que a gente pensa. Apesar de ter tido semanas cheias, não tive o grupo completo para trabalhar. Nossa pretensão é sempre brigar na parte de cima e pelo acesso, mas estamos em fase construção, precisamos de algumas contratações pontuais e vamos conversar com o presidente. Ele paga essa conta sozinho dentro do Criciúma e não é fácil manter”, afirmou o técnico Gilson Kleina.
Fim do jejum
O Criciúma encarou uma série de desafios em Pelotas. O time não havia vencido fora de casa nesta Série B, o adversário vinha de três vitórias seguidas, e não sabia o que era perder para o Tigre há cinco jogos. Mas o jejum chegou ao fim, graças ao atacante Reis.
Aos 24 minutos, Vinicius disparou pela esquerda e fez o cruzamento para Léo Gamalho, que fez um corta luz e deixou Reis livre. Sozinho, o atacante ajeitou e bateu com força no canto esquerdo, para abrir o placar.
“Foi uma vitória de todos. A gente não tinha ainda feito esse tipo de desempenho. Tivemos o espírito do Criciúma. Falei que tínhamos que buscar fora. A equipe teve muitos fatores positivos, o que mais fico feliz é a atitude do grupo, fico orgulhoso de ser treinador do Criciúma, fico orgulhoso de ver esses jogadores fazerem o que a gente vem trabalhando”, destacou o técnico Gilson Kleina após a partida.
Kleina valorizou a tranquilidade que a vitória dá ao grupo. “Toda vitória dá tranquilidade. Nós tínhamos projetado quatro pontos, atingimos. Não vamos ficar essa parada na zona de rebaixamento”, salientou. “A equipe teve transição e velocidade. Temos que manter essa regularidade e desempenho também dentro de casa”, arrematou.
Pela honra do Tigre
O técnico Gilson Kleina também aproveitou a manchete de um jornal de Pelotas para motivar a equipe. Com as 199 vitórias do técnico Ricardo Zimmermann no comando do Brasil, a expectativa na cidade era que o jogo de terça-feira marcasse o 200º triunfo.
Desta forma, o jornal destacou na capa que a “noite era de festa”. Só esqueceram de combinar isso com o Criciúma.
“Está no vestiário ainda, claro que foi usado (o jornal). A camisa do Criciúma é tradicional, a gente respeita o treinador, damos os parabéns, ele está fazendo um grande trabalho, mas acho que o enunciado do jornal foi uma falta de respeito com a camisa do Criciúma. A gente pode estar passando por um mau momento, mas ninguém desrespeita a camisa. A gente falou isso, de mostrar realmente o motivo pelo qual estamos nesse clube, o enunciado falava isso, mas esqueceram de convidar o Criciúma” contou Kleina na coletiva após o jogo.
Com a realização da Copa América no Brasil, o Tigre volta a campo somente em julho, quando irá receber o Coritiba no estádio Heriberto Hülse. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) irá confirmar nos próximos dias a data e horário do confronto.