Na frente do colegiado, Daniel Freitas tem o desafio de articular e criar políticas públicas para o setor
O deputado federal Daniel Freitas (PSL/SC) assumiu a presidência da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Carvão Mineral, realizada no auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados. Natural de Criciúma, sua história familiar confunde-se com a trajetória das minas de carvão, tendo em seu subsolo uma das maiores reservas minerais do país.
O colegiado tem como desafio a articulação e criação de políticas públicas para o setor, que envolve diretamente os três estados da região sul. Segundo o deputado, a frente tem sido coordenada de forma suprapartidária por parlamentares, com o imprescindível apoio dos empresários e sindicatos do setor. “Sabemos do potencial do nosso subsolo e o quanto é urgente aproveitá-lo para o bem do Brasil”, ressalta.
Os recursos de carvão mineral conhecidos no Brasil, somam um total de 32 bilhões de toneladas, localizados nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, que representam 42% do total dos recursos energéticos nacionais. O carvão mineral foi responsável por mais da metade do acréscimo de energia nas últimas décadas.
Em termos de energia, o século XXI, até agora, foi construído pelo carvão. A contribuição do carvão, sozinho, no século, é comparada à energia nuclear, renovável, óleo e gás combinados. Desde 2000, o mundo dobrou a capacidade instalada em carvão que chegou a cerca de 2000 gigawatts (GW), localizados principalmente na China e Índia.
“A participação de carvão na matriz de energia primária mundial em 2018 alcançou 28%, representando 38% da energia elétrica gerada. O carvão mineral é a mais acessível e confiável das fontes energéticas. O Brasil, nos próximos 20 anos, precisa dobrar seu parque de geração de energia elétrica. Com a necessidade das usinas térmicas e de produzir gás no Brasil, o carvão nacional, maior recurso energético brasileiro (66,7% do total), tem que estruturar ações que visem a sua inserção definitiva na matriz energética brasileira. Queremos modernizar esses parques, com enfoque no meio ambiente e na potencialização de todos esses investimentos. O suporte tecnológico virá da pesquisa, da inovação e do desenvolvimento, com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia; e do Ministério das Minas e Energia”, avalia Freitas.
Para o presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral, Fernando Zancan, o Brasil não pode ser refém da energia hidrelétrica. “Um país como o Brasil precisa ter mais opções em sua matriz energética. O carvão mineral é uma solução viável para a manutenção, por exemplo, dos serviços essenciais em caso de longos períodos de estiagem e a consequente queda na produção de energia elétrica”, alega.