Em Içara, não houve registro de casos de dengue nos últimos anos
O número de casos de pessoas infectadas pelo vírus da dengue e chikungunya aumentou no Estado. De acordo com o último levantamento, o número ultrapassa 440 de dengue e seis de chikungunha. Porém, em Içara não houve registro de dengue nos últimos anos.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Içara, Laura Maté, o único caso que teve há alguns anos, a pessoa viajou e o vírus não foi mais detectado. No município, existe o programa de endemias que ajuda a combater a proliferação dos mosquitos transmissores.
“A gente trabalha com armadilhas para evitar infestação no município. Essas armadilhas ficam em pontos estratégicos do perímetro urbano”, conta Laura Maté. A distância entre uma armadilha é de, em média, 250 metros.
O programa
O Programa de Controle de Endemias de Içara conta com cinco agentes. Eles realizam visitas semanais a 195 armadilhas e visitas quinzenais aos 52 pontos estratégicos cadastrados. Dente os pontos estratégicos cadastrados estão: ferros-velhos, borracharias, cemitérios e floriculturas.
“Quando alguma situação irregular é detectada e mesmo após orientação o problema não é resolvido, a Vigilância Sanitária do município é acionada para garantir o cumprimento da lei”, explica a coordenadora.
Segundo ela, a estratégia utilizada é de colocar armadilhas instaladas a cada 100 imóveis, preferencialmente em comércios ou locais com maior risco de detecção de focos. “Existe também o cuidado com transportadoras e empresas que possuem caminhões que viajam para outros estados”, revela.
Quando ocorre um foco do mosquito, é realizada a inspeção em volta do perímetro em uma distância de 300 metros, para que seja realizada a verificação da presença de larvas, eliminação de depósitos de água, tratamento de água parada orientação da população.
“Após dois meses da detecção do foco, o mesmo raio é visitado novamente, para verificar se houve disseminação do mosquito. Caso não seja encontrado nenhum novo foco a situação é encerrada, se encontrados novos focos o trabalho é realizado novamente após dois meses, até que não se encontre novos focos”, ressalta Laura.
Denúncias de locais que possam estar contribuindo para a proliferação dos mosquitos podem ser feitas através da Ouvidoria SUS, pelo telefone 3461 3707.
Focos registrados
Em 2019, foram detectados sete focos do mosquito em Içara: dois no Centro e dois no bairro Jussara, enquanto o bairro Jardim Elizabete teve um registro, assim como na BR 101 e no bairro Presidente Vargas.
Dentre as principais orientações da Vigilância Epidemiológica de Içara para evitar a proliferação do Aedes aegypti estão: evitar usar pratos nos vasos de plantas. Caso use, o recomendável é que seja colocada areia até a borda; Guardar garrafas com o gargalo virado para baixo; manter as lixeiras tampadas; deixar os depósitos para guardar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água; plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água; tratar a água da piscina com cloro e limpar uma vez por semana; manter ralos fechados e desentupidos; lavar com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana; retirar a água acumulada em lajes; dar descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados; manter fechada a tampa do vaso sanitário e evitar acumular entulho.
Preocupação no Balneário Rincão
Os técnicos do Programa de Controle de Endemias de Balneário Rincão estão com dificuldades para fiscalizar as residências da cidade. Isso porque grande parte das casas estão fechadas por serem de veranistas.
O Programa de Controle de Endemias de Balneário Rincão realiza visitas semanais a 41 armadilhas instaladas no perímetro urbano da cidade e visita a cada 14 dias aos dez pontos estratégicos cadastrados (ferros-velhos, borracharias, cemitérios, floriculturas).
“Quando detectamos situações irregulares é feito orientação no local juntamente com a Vigilância Sanitária do município para prevenção de doenças como Dengue, chikungunya, Zika Vírus. Pedimos que os veranistas venham abrir suas casas e nos ajude nesse combate”, destaca a coordenadora epidemiológica, Vera Lucia Leal de Oliveira.
As armadilhas são instaladas a cada 100 imóveis ou a cada 300 metros, preferencialmente em comércios ou locais com maior risco de detecção de focos, como transportadoras e empresas que possuem caminhões que viajam para outros estados.
“Nossa equipe está com dificuldade em vistoriar as casas fechadas. Temos um grande fluxo de pessoas que entram e saem o tempo todo em nossa cidade, por isso, pedimos que as pessoas venham até suas casas para realizar a limpeza ou monitorar pneus, vasos, ou outro objeto que acumule água parada”, solicita o secretário de Saúde, Jean Willian Nascimento.