Recomendação da Vigilância Epidemiológica é para que as pessoas observem comportamento dos animais

Uma morte por raiva foi registrada essa semana no Sul do estado. O caso aconteceu em Gravatal, com uma mulher de 58 anos.

De acordo com o gerente regional de Saúde, Fernando de Fáveri, a mulher foi mordida por um gato que estava contaminado com o vírus da raiva. “Ela recolhe animais de rua e tinha 16 gatos em casa. Quatro dias depois da mordida, o gato morreu e essa senhora não se preocupou. Quando a situação agravou ela foi buscar ajuda, mas já era tarde”, conta.

De acordo com o gerente regional de Saúde, a raiva afeta o sistema neurológico da pessoa. “Só existem três casos de raiva em humanos no mundo que não resultaram em óbito, mas mesmo assim ficaram com sequelas”, conta. “A raiva é altamente mortal”, ressalta.

O Governo do Estado, através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) realiza uma força-tarefa naquela região e, a partir de amanhã, irá vacinar todos os cachorros e gatos em uma abrangência de cinco quilômetros do local ocorrido. “O vírus é transmitido pelo morcego. Desde 1981 nós não tínhamos caso sem humanos”, lembra. Foram 38 anos sem casos de raiva na região.

Atenção é necessária

Fernando recomenda a todos que tenham animais em casa, que observem qualquer tipo de mudança de comportamento desses animais e em caso de mordida ou arranhão sofridos por animais, que procure a Unidade de Saúde mais próxima.

“O animal precisa ser observado por 10 dias. Se o animal morre em 10 dias, nós fazemos uma quimioprofilaxia na pessoa afetada”, afirma. De acordo com ele, são seguidos protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. “Só é feita a vacina na pessoa caso o animal morra. A raiva vai se manifestar no humano em mais tempo”, completa.