Expectativa para este ano é ultrapassar a meta de 2018, mas é necessário o frio chegar para o peixe encostar
A safra da tainha já começou no dia 1° de maio, mas com o tempo quente, o peixe ainda não encostou na orla catarinense. A expectativa é de que o tempo mude ainda na primeira quinzena de maio. Mas os trabalhos dos pescadores estão acelerados na preparação do material de pesca para aproveitar o momento em que a tainha chegue.
O presidente da Colônia de Pescadores Z 33, João Piccolo, explica que o tempo quente faz com que o peixe fique ainda pela região da Lagoa dos Patos, em terras uruguaias, mas segundo ele, a expectativa é de que o tempo mude e o vento sul possa ajudar afazer com que o frio possa fazer a tainha procurar águas mais quentes no litoral catarinense.
Segundo Piccolo, em 2018, foram capturadas mais de 80 toneladas de tainha e a expectativa para este ano é de ultrapassar esta meta. “Em 2019, nos meses de janeiro e fevereiro já foi boa a captura de tainhota, com um barco de pescadores pagando mais de 20 toneladas”, pontua. Ela aponta que dá para perceber que o ano será favorável pelas condições do mar, faltando apenas o tempo esfriar e chegar o vento sul.
Dificuldades
O presidente da Colônia de Pescadores esclarece que a categoria está encontrando muitas dificuldades com a fiscalização da Polícia Militar para trafegar à beira-mar. Segundo ele, mesmo com os adesivos nos carros e caminhões identificando que é pescador, os policiais estão multando, sendo necessário depois entrar com recurso para anular a multa.
João Piccolo explicou que na última semana foi realizada uma reunião com a presença da Administração Municipal e a Polícia Militar, com a presença de pescadores para buscar uma alternativa de haver mais facilidade para a execução da pesca
Defeso
Outra dificuldade encontrada pelos pescadores em 2019 foi o recebimento do defeso. Os recursos que teriam que ser pagos em janeiro, somente agora começou a ser liberado. A explicação levantada pelo presidente da Colônia de Pescadores foi de que o procedimento mudou. Segundo João Piccolo, antes era o Ministério de Trabalho que liberava os pagamentos, mas que a partir deste ano passou a ser liberado pelo INSS.
Segundo ele, por causa desta modificação, alguns pescadores tiveram problemas com os cadastrados, já que no INSS apareciam os registros antigos de quando trabalhavam com carteira assinada em outra profissão. “Foi necessário levar toda a documentação e comprovar que já vem exercendo a função de pescador junto ao INSS”, relatou.
João Piccolo pontua que aos poucos, a burocracia vem sendo vencida e os recursos do Defeso começam a serem pagos. “Já pensou, em janeiro e fevereiro, os pescadores não puderam pescar anchova e bagre e não tiveram renda, mas as contas de casa venceram e o dinheiro do defeso não entrou, mas agora tudo está se encaminhando”, conclui.