Como justificativa, FME protocolou denúncia contra as outras três equipes semifinalistas
Logo após o anúncio da exclusão do time de futebol feminino de Criciúma da disputa dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), a Fundação Municipal de Esportes (FME) do município iniciou sua defesa tentado reverter a decisão da Comissão Disciplinar dos Jasc. A punição foi anunciada na manhã de ontem após denúncia, protocolada por São José, de suposta irregularidade de uma das atletas inscritas na competição.
A FME já protocolou recurso junto ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que julgará a apelação às 11 horas desta quinta-feira, dia 7. Caso o TJD acene de forma positiva, Criciúma voltará à disputa, onde já está qualificada para fazer a final.
Chapecoense, São José e Caçador têm casos semelhantes ao de Criciúma. “Mostramos na defesa que existem situação iguais nas outras três equipes que disputaram a semifinal. Se fizemos errado, outros também fizeram. O procurador propôs a suspensão das partidas finais para fazer a análise dos casos”, explicou o presidente da FME de Criciúma, Nícola Martins.
Criciúma foi enquadrada no Parágrafo 2º do Artigo 42 do regulamento dos Jasc, que dispõe sobre a inscrição de atletas não catarinenses. Este parágrafo está embasado pela Lei nº 13.622, de 2005, que afirma: “Para efetuar a inscrição nos jogos de que trata o caput deste artigo, o atleta deverá ser nascido ou residir pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos no Estado de Santa Catarina”.
“No entendimento de Criciúma, como nossa atleta não foi registrada em outros Estados, poderia ser registada aqui e disputar os Jasc. As outras equipes tiveram casos idênticos. Alegam que a nossa atleta não reside a dois anos em Santa Catarina e reconhecemos isso, mas também nunca havia sido registrada em outra federação. Ou as quatro são eliminadas ou Criciúma joga a final”, alegou Martins. Ele ainda explica que a atleta em questão não atuou e por isso não influenciou nos resultados das partidas.