Previsto para o próximo dia 1º, funcionamento da unidade deve atrasar devido à escala dos médicos e falta de equipamentos
Prevista para o início da próxima semana, a abertura da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Donato deve ser adiada. Além da escala dos médicos, que era o grande entrave ao início dos trabalhos no dia 1º de setembro, faltam alguns equipamentos necessários.
Mesmo assim, o diretor administrativo do Hospital São Donato, Júlio De Luca, garante que o serviço será iniciado ainda no mês previsto. “Não temos como dar a data exata, mas em setembro vamos iniciar o atendimento. Falta apenas acertar a escala médica e ver alguns equipamentos complementares”, afirma De Luca.
Entre os equipamentos necessários, falta ainda um monitor especial, cabos e um guincho para fisioterapia de pacientes obesos. Já o problema da escala esbarra nos médicos.
Como não fazem parte do quadro de funcionários do São Donato, e sim do grupo do Hospital São José, é o empregador que realiza a escala e repassa à instituição içarense. A escala de setembro no São José já foi fechada, e isso é o que inviabiliza o início dos trabalhos já no próximo dia 1º. Além disso, o número de médicos varia de acordo com a escala, de forma com que a UTI tenha sempre presente um médico intensivista e plantonista presencial, o que é obrigatório para o funcionamento.
Tudo certo com o Estado
Antigo entrave para o início do funcionamento da UTI, a negociação com o Governo do Estado está acertada. A diária que será paga pelo Estado para cada leito é de R$ 859, que podem levar o valor do repasse a quase R$ 260 mil ao mês. Além disso, os números podem aumentar, caso o contrato inclua produtividade.
“Com o Governo do Estado está tudo certo. A partir do momento que habilitar, botar para funcionar, o Governo do Estado vem aqui na primeira semana, no mais tardar na segunda, faz o checklist, e vê a UTI funcionando. Assim que ela estiver funcionando, nós chamamos eles e assinamos o contrato”, revela De Luca.
Os dez leitos serão 100% ofertados ao Sistema Único de Saúde, ajudando a desafogar o Hospital São José, em Criciúma, que até agora é o único na região que oferta o serviço pelo SUS. “Esses leitos vão ficar à disposição do Estado. Se alguém de fora precisar e tiver leito disponível em Içara, eles serão encaminhados para cá”, destaca.
Além disso, com o aumento da demanda, foram contratados cerca de 30 novos profissionais. “É sempre uma luta diária. A gente recebe o alvará do governo, depois o alvará da vigilância sanitária. Depois vai conversar com o Governo do Estado e sempre são conversações difíceis. Todo dia tem que transpor barreiras. E quando chega um momento desse, é legal para todo mundo”, completa o diretor.