A chegada do novo diretor executivo de futebol, João Carlos Maringá, e da nova comissão técnica, capitaneada por Gilson Kleina, já se refletiu também na contratação de reforços no Criciúma. Desde a última semana, o clube já apresentou três jogadores, trazidos para reforçar o elenco na reta final do Catarinense, na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro da Série B, competição com início marcado para a segunda quinzena de abril.

Os primeiros a serem apresentados foram o meio-campista Wesley e o atacante Vinicius. “São dois atletas com currículo brilhante no futebol, no passado recente, que têm mais de 100 jogos pelo Palmeiras. O Vinícius tem passagem pela Seleção Brasileira de base, o Wesley com dois jogos pela Seleção principal”, descreve Maringá.

“Foi colocado para eles os objetivos do clube e o Kleina também já trabalhou com os dois atletas. Eles tiveram passagens vitoriosas juntos e esperamos que isso se repita no Criciúma”, acrescenta o dirigente.

“Temos um planejamento desde o ano passado, com expectativa de chegar pelo menos à quarta fase da Copa do Brasil e brigar pelo acesso no Campeonato Brasileiro. Com essa nova fase, comissão técnica, os jogadores que estão vindo, o objetivo é esse”, diz o presidente Jaime Dal Farra.

 

Experiência

 

“O futebol a cada dia que passa vem evoluindo e agora é a hora de se juntar, trabalhar e buscar os objetivos. Tive algumas outras possibilidades, mas quando recebi o convite do Criciúma fiquei extremamente feliz. Primeiro pela estrutura, porque um clube desse tem que estar na Série A. Vamos fazer por onde para chegar lá, com os demais jogadores, comissão técnica, diretoria. Tomara que a gente consiga êxito e seja em breve”, declara o experiente Wesley.

Para ele, o Brasileirão não é nenhuma novidade, independente da divisão. “Jogo Série A desde 2007, tive a experiência da Série B com o Palmeiras em 2013 e foi vitoriosa”, lembra, referindo-se ao título do Verdão naquele ano.

 

Trabalho coletivo

 

Para Vinícius, o sucesso depende do trabalho coletivo. “E precisamos entrar em sintonia o quanto antes. Vamos fazer isso nos treinos, nos conhecendo melhor. Claro que é importante a chegada de novos jogadores, mas um ou dois não vão mudar o problema inteiro. Juntos vamos sair dessa situação”, acredita.

Ele já trabalhou com Maringá na Chapecoense e com o Gilson Kleina também em outros clubes. “Estava ansioso para o acerto chegar logo, começar a treinar e o quanto antes estar com disponibilidade para o jogo”, confessa.

O atacante aponta suas principais características. “Sou um jogador de velocidade, drible e espero dentro das minhas características ajudar da melhor maneira. O Criciúma tem um projeto vitorioso, quer subir para a Série A. Já sentimos o gostinho de ser campeão da Série B e queremos repetir isso. O pensamento positivo e a vontade de querer vencer são muito importantes”, entende.

 

Em Léo Gamalho, a esperança de um novo artilheiro

 

Na segunda-feira, o Criciúma apresentou de forma oficial o atacante Léo Gamalho. O atleta de 33 anos trabalhou com o técnico Gilson Kleina no Goiás, em 2016, e na Ponte Preta, em 2017. No clube goiano, o atacante se destacou com 24 gols em 49 partidas.

O atleta iniciou a carreira na base do Grêmio e teve passagens pelo Internacional, Botafogo, Ceará, Bahia, Avaí e Santa Cruz, onde foi artilheiro da Copa do Brasil 2014, com seis gols marcados. Seu último clube foi o Pohang Steelers, da Coreia do Sul.

E a esperança é de que ele se torne o novo artilheiro da história do clube. “É uma posição muito difícil de se encontrar hoje no futebol brasileiro, não estão surgindo mais jogadores de área, com faro de gol. Em todos os times que passou, ele fez gols. Todos os times que conseguiram o acesso nos últimos anos tiveram artilheiros na Série B. O centroavante fazendo sua parte, a chance de o time subir é muito maior. Ainda não tinha trabalhado com o Léo Gamalho, mas as informações foram as melhores possíveis”, ressalta o diretor executivo de futebol, João Carlos Maringá.

“Chego muito alegre, feliz pela oportunidade que me deram. Chego motivado, para estar representando bem o Criciúma. Procuro estar com a cabeça tranquila, sem muita ansiedade. Não vou fazer nada sozinho. Vamos trabalhar em equipe para as coisas acontecerem naturalmente”, aponta o centroavante.

Ele reconhece ainda não estar no melhor da forma física, pois estava parado há três meses. “Meu último jogo foi em 2 de dezembro, na Coreia do Sul. Quando o treinador achar que reúno as condições e quiser me colocar em campo, vou estar à disposição. Sabendo, é claro, que com o tempo de inatividade que fiquei não vai ser fácil o início, mas o mais importante é que não venho machucado”, observa.

“Quanto às minhas características, sou um jogador de área, gosto de me movimentar, mas todos terão uma noção quando estiver dentro de campo. Tive alguns percalços no último ano, mas acho que o centroavante é reflexo do time, que vai te dar condições. Apesar de o momento não ser dos melhores, o clima é bom”, entende Léo Gamalho.