Entidades representativas das empresas na região são contra mais quarentenas
Criciúma, Içara e Região
O setor mais prejudicado na economia durante a pandemia – o de eventos – volta a sofrer com as restrições mais duras do Decreto 1.172, do Governo do Estado. Representante do setor na região carbonífera, Daiane Savi, em entrevista nas Som Maior FM, salientou que está sendo um alívio para os profissionais poder trabalhar de segunda-feira a sexta-feira seguindo os protocolos.
“Durante estes dois fins de semana temos que respeitar e não trabalhar. Infelizmente, quando pensamos que viríamos com gás para retornar, paramos mais uma vez e por consequência disso, algumas empresas encerraram de vez as suas atividades. Estamos tentando a todo momento buscar soluções para não ter mais desempregos”, disse na rádio.
Não há um levantamento da quantidade de demissões deste ano por conta da pandemia no setor de eventos, mas o medo maior é parar tudo novamente e, aí sim, haverá demissões. “Estamos tentando entender e nos adaptar. Nesse momento é difícil tanto para nós do setor como para o cliente que, infelizmente, de última hora teve que cancelar seu evento levando prejuízos financeiros. Nós trabalhamos com data, planejamento e cancelar de última hora é difícil. Bate o desespero”, salientou Daiane.
Neste setor há trabalhadores de decoração à música, da limpeza à segurança, da alimentação à segurança. As portarias de outubro do ano passado do Governo do Estado que liberavam o funcionamento do setor de eventos mediante cumprimento de protocolos deu um alívio para estes profissionais. Agora, as restrições acabam por frear a recuperação do setor.
Acic e CDL defendem atividades econômicas
Ainda na sexta-feira, após a definição do decreto estadual, a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma reiterarem a defesa pela manutenção das atividades econômicas.
“O setor produtivo, comércio e serviços precisam permanecer em pleno funcionamento, garantindo emprego e renda, proporcionando equilíbrio social e, gerando, inclusive, recursos necessários para o próprio enfrentamento da crise. Não podemos permitir que haja retrocesso por falta de conscientização e cuidados pela população”, disse a manifestação das entidades encaminhada à imprensa.
“Desde o início da pandemia, as empresas cumprem integralmente as regras sanitárias, mantendo a segurança de seus colaboradores e clientes, não sendo esses ambientes os principais vetores de contaminação do novo coronavírus e os mais suscetíveis ao contágio”, reforçaram.
As entidades pedem ainda que os agentes públicos tomem medidas urgentes de investimento em infraestrutura de saúde, para que a população receba o atendimento necessário que a situação exige, assim como reforça atenção para a total transparência no processo de vacinação. “O momento é crítico, por isso, precisamos agir com cautela e bom senso, num esforço conjunto”, finalizou a nota.