Serviço está sem comunicação telefônica por falta de pagamento, além de atrasos de depósito do FGTS
Florianópolis
Na sessão da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) de ontem (9), o deputado criciumense Jessé Lopes (PSL) disse que recebeu denúncias contra a administradora do Samu, que teria deixado o serviço sem comunicação por falta de pagamento à empresa de telefonia e ainda de que os trabalhadores estão com FGTS atrasados. “Escala de férias não estão sendo cumpridas. As faxineiras foram demitidas e quem faz a faxina são os médicos e os enfermeiros. Medicamento guardado fora dos refrigeradores porque não tem refrigerador. Tudo denúncia de pessoas que trabalham lá ou usam o Samu. Hoje mais uma denúncia, um descaso de uma empresa irregular que atua na administração do Samu. Os trabalhadores estão sem comunicação porque não pagaram a conta do telefone. Eles têm que falar por Whatsapp e quando não tem sinal, como fazem para se comunicar? Quem é responsável por contratar a empresa para cuidar da saúde do catarinense?”, discursou Lopes.
O parlamentar lembrou outros problemas relacionados à empresa que administra o Samu em Santa Catarina, a Ozz Saúde. “No ano passado fiz uma importante denúncia na Alesc e no Ministério Público sobre a situação do Samu. Hoje é administrado por uma empresa terceirizada que têm diversos problemas em seu passado e eu alertei isso aqui no plenário. Primeira coisa é que o currículo dessa empresa tinha apenas a administração de quatro ambulâncias no Paraná, depois foi gerir no Rio de Janeiro todo o Samu da cidade, onde teve o contrato superfaturado e a sua conta bloqueada por conta disso. E eu trouxe isso aqui para o plenário esta denúncia como para o Ministério Público, alertando sobre as ingerências sobre esta empresa terceirizada que atua em Santa Catarina. A Justiça do Rio de Janeiro decretou que esta empresa não tinha condições de gerir o Samu no Rio de Janeiro. E o que Santa Catarina fez? Contratou esta empresa. Além de tudo isso, a contratação está irregular porque tem que ser uma organização social para atuar como terceirizada para fazer este tipo de gestão”, pontuou o deputado.
Em função do discurso, o deputado Kennedy Nunes (PSD) protocolou pedido de reunião com a empresa na Comissão de Saúde da Alesc. “O Estado diz que pagou tudo para a empresa e a empresa diz que o Estado não pagou. Precisamos saber quem está mentindo. Vamos fazer esta acareação para ver quem está mentindo”, disse.