Criciúma decreta situação de calamidade pública

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Aumento de casos de Covid-19 e lotação dos hospitais gerou necessidade do decreto

Criciúma

Diante do aumento de casos de Covid-19 e lotação dos hospitais, e devido à necessidade de monitoramento permanente da pandemia e elevação dos gastos públicos para proteger a saúde da população, com adoção de medidas drásticas para a contenção do vírus, o prefeito Clésio Salvaro decretou Situação de Calamidade Pública no âmbito municipal.

A decisão foi tomada em reunião realizada na noite de quinta-feira (27) com o prefeito Clésio Salvaro, o vice-prefeito Ricardo Fabris, o presidente da Amrec, Ademir Magagnin, os diretores do Hospital São José, Raphael Farias, e da Unimed, Leandro Avani Nunes, além da reitora da Unesc, Luciane Ceretta, e do secretário municipal de Saúde, Acélio Casagrande. O grupo definiu também que o Centro de Retaguarda do Rio Maina passará a dar suporte aos hospitais e à população.

Reunião com prefeitos

Também na sexta-feira (27) ocorreu uma reunião com os prefeitos dos 12 municípios da região carbonífera para tratar das ações conjuntas que serão tomadas em relação ao coronavírus. O foco da reunião foi o Centro de Retaguarda do Rio Maina, que a princípio será administrado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amrec (CIS-Amrec).

“Este hospital vai dar suporte clínico. O cidadão que está com sintomas e precisa de atendimento hospitalar vai para lá, terá o atendimento médico e remédios”. No local também haverá leitos de UTI em caso de precisar entubar os pacientes que posteriormente estarão sendo transferidos para os hospitais”, informou o presidente da Amrec e prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin.

“Nossa preocupação é que os hospitais estão lotados, então com isso começamos a desafogar um pouco, principalmente o Hospital São José”, disse Magagnin.

“É Importante que a população se integre aos cuidados, porque perdemos o controle, não se fala em lockdown, mas se fala em controle, o colapso praticamente já existe”, avisou o presidente da Amrec.

Na fala dos profissionais de saúde durante a reunião, foi dito que os números desta semana já são o início dos reflexos do dia da eleição e das comemorações. “Semana que vem poderá ter uma explosão ainda maior”, disse Magagnin.

Mais 100 leitos

O Centro de Retaguarda terá até 100 leitos para atender os casos confirmados da doença, encaminhados dos Centros de Triagem. O local também terá equipamentos de alas semi-intensivas para possíveis agravamentos, até que o paciente seja encaminhado para a UTI. Será contratada uma Organização Social (OS) para gerir o espaço em caráter emergencial. “Até amanhã, teremos uma OS para a gestão do CT, e nos próximos dias abrir o espaço para receber os primeiros pacientes”, acrescentou o secretário municipal de saúde, Acélio Casagrande.

Além das cidades da região, seis integrantes da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc), que participam do Cisamrec, podem também participar: Balneário Arroio do Silva, Sombrio, Turvo, Jacinto Machado, Meleiro e Morro Grande.