Com uso de tecnologia e novos métodos, clínicas oferecem alternativas para diferentes perfis familiares
Criciúma
Há 47 anos, em 25 de julho de 1978, nasceu na Inglaterra Louise Brown, o primeiro bebê concebido por fertilização in vitro (FIV), marcando o início de uma nova era na medicina reprodutiva. Desde então, a técnica se desenvolveu e passou a beneficiar milhões de pessoas com dificuldades de conceber, inclusive em diferentes configurações familiares. Em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, os médicos Luciana Isolde Nunes Bongiolo e Fábio Alexandre Messer conduzem os atendimentos da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, oferecendo recursos atuais para quem busca a parentalidade por meio da reprodução assistida.
Segundo os profissionais, os avanços técnicos e a incorporação de novas tecnologias permitiram que os tratamentos se tornassem mais eficazes e acessíveis. “Hoje, graças à evolução da medicina reprodutiva desde o nascimento da Louise Brown, conseguimos transpor barreiras antes inimagináveis e ajudar milhares de pessoas a realizarem o sonho de ter um filho”, afirmou Luciana. Ela acrescentou que, atualmente, é possível que casais com infertilidade, casais homoafetivos e pessoas que optam pela maternidade ou paternidade solo formem suas famílias com apoio técnico especializado.
Para Fábio Messer, as mudanças científicas foram decisivas na ampliação das possibilidades oferecidas às pessoas em tratamento. “Quando Louise nasceu, a FIV era um experimento com chances muito restritas. Hoje, com protocolos mais seguros e a incorporação de ferramentas como inteligência artificial, sistemas de monitoramento embrionário por time-lapse e testes genéticos, os índices de sucesso aumentaram significativamente e os tratamentos se tornaram muito mais personalizados”, explicou.
Os recursos utilizados nos laboratórios incluem tecnologias que permitem acompanhar o desenvolvimento dos embriões em tempo real, com mais precisão e segurança. Além disso, exames genéticos mais detalhados ajudam a selecionar os embriões com maior viabilidade, o que, de acordo com os médicos, contribui para o aumento das taxas de sucesso dos procedimentos.
De acordo com Fábio, os novos formatos familiares também influenciam o perfil dos pacientes. “Vemos um número crescente de pessoas solteiras, casais homoafetivos e mulheres que optam por postergar a maternidade buscando tratamentos de reprodução assistida. A ciência está permitindo que diferentes configurações familiares possam realizar o sonho de ter um filho”, disse.
O médico Nilo Frantz, fundador da clínica que leva seu nome e pioneiro da reprodução assistida no Brasil, tem ligação direta com o marco histórico da técnica. Durante sua formação em Londres, teve contato com o Dr. Robert Edwards, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina e responsável pelo nascimento de Louise Brown. “É uma honra ter aprendido com um dos grandes nomes da história da reprodução assistida. Isso reforçou meu compromisso em trazer o que há de mais moderno e seguro para o Brasil”, relatou.
Frantz também considera que os avanços científicos devem caminhar junto com o cuidado clínico centrado no paciente. “A ciência avançou, mas também aprendemos a escutar mais, acolher mais e propor tratamentos cada vez mais personalizados. Isso faz toda a diferença na jornada de quem deseja formar uma família”, afirmou.
Com mais de 30 anos de atuação, a Nilo Frantz Medicina Reprodutiva está presente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A unidade de Criciúma funciona com o modelo de licenciamento da marca, operada por médicos parceiros que contam com o suporte técnico, científico e de gestão do grupo. Além disso, o grupo mantém unidades afiliadas que recebem apoio estratégico e financeiro.