Mulheres da Unesc lideram avanços em ciência e tecnologia

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Pesquisadoras destacam-se em áreas como inteligência artificial, biotecnologia e saúde, incentivando futuras gerações

Criciúma

Hoje (11), Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência, a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) celebra as contribuições de suas 74 pesquisadoras, entre profissionais e estudantes, que atuam em áreas como tecnologia, inteligência artificial, biotecnologia e saúde. Com projetos que vão desde o desenvolvimento de novos medicamentos até soluções inovadoras em educação e meio ambiente, essas mulheres têm levado o nome da instituição a eventos científicos no Brasil e no exterior, promovendo impactos significativos na sociedade. 

A reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, destaca o compromisso da universidade com o avanço científico e a importância do papel feminino nesse processo. “A Unesc direciona esforços para a promoção do desenvolvimento e aprimoramento da qualidade de vida por meio de investimentos em ciência e pesquisa. A presença de mulheres dedicadas e talentosas fortalece ainda mais nosso compromisso”, afirma. 

Gisele Coelho Lopes, pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Inovação e Extensão, ressalta a multiplicidade de papéis assumidos pelas pesquisadoras. “Elas fazem ciência de excelência e, ao mesmo tempo, lidam com a rotina de mães, filhas, esposas e líderes. Implementar políticas para o estímulo da ampliação da participação das mulheres na ciência é uma iniciativa fundamental”, comenta. 

Impacto das pesquisas

As pesquisas desenvolvidas na Unesc têm gerado resultados práticos em diversas áreas. Na saúde, por exemplo, estudos sobre dor crônica e o uso de plantas medicinais, como a Cannabis sativa, têm aberto novas possibilidades terapêuticas. Flávia Rigo, professora doutora e pesquisadora na área de dor e analgesia, explica que suas pesquisas buscam desenvolver tratamentos mais eficazes e seguros. “Uma proteína derivada do veneno da aranha armadeira mostrou potencial analgésico superior à morfina, com menos efeitos colaterais”, revela. 

Na área de tecnologia, Merisandra Côrtes de Mattos, líder do Grupo de Pesquisa em Inteligência Artificial Aplicada, destaca a importância de incentivar a participação feminina em áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). “Apesar dos avanços, as mulheres ainda são minoria nessas áreas. É fundamental combater estereótipos e promover a inclusão”, afirma.

Incentivo às futuras cientistas

A Unesc tem implementado políticas para estimular a participação de meninas e mulheres na ciência. O Prêmio Mulheres na Ciência, que chega à sua terceira edição, é uma dessas iniciativas. A premiação reconhece pesquisadoras em diferentes estágios de carreira, desde iniciação científica até doutorado, e oferece oportunidades de participação em congressos nacionais e regionais. 

Merisandra, que também coordena projetos de extensão como o “Informática para a Melhor Idade”, acredita que o contato precoce com a ciência é essencial. “O Colégio Unesc é o primeiro espaço onde muitas meninas têm contato com a pesquisa. Depois, na graduação e pós-graduação, elas encontram oportunidades para desenvolver habilidades científicas”, explica. 

Desafios e superações

A trajetória das mulheres na ciência é marcada por desafios, desde a sub-representação histórica até a conciliação de múltiplos papéis sociais. Flávia Rigo lembra que, mesmo com avanços, ainda há obstáculos a serem superados. “As mulheres têm feito contribuições significativas, mas precisamos de mais incentivos para garantir um futuro mais equilibrado”, diz. 

Merisandra reforça a importância de políticas de inclusão e equidade. “A Unesc oferece infraestrutura, bolsas de estudo e premiações que valorizam o trabalho das pesquisadoras. Essas iniciativas são fundamentais para promover a liderança feminina e a visibilidade das cientistas”, conclui. 

Próximos passos

A Unesc planeja ampliar suas políticas de incentivo à pesquisa e à participação feminina na ciência. A reitora Luciane Ceretta destaca que o objetivo é continuar reforçando o reconhecimento das pesquisadoras e buscar alternativas para atrair mais mulheres para a carreira científica. “Queremos que cada vez mais meninas se vejam como futuras cientistas e contribuam para o avanço do conhecimento”, finaliza. 

Com iniciativas como o Prêmio Mulheres na Ciência e projetos de extensão que aproximam a comunidade da pesquisa, a Unesc reforça seu compromisso com a promoção da igualdade de gênero e o desenvolvimento científico, mostrando que a ciência feita por mulheres transforma vidas e constrói um futuro mais inovador e sustentável.