O cenário em Criciúma
A primeira pesquisa após o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão mostrou um crescimento do candidato do PSD em comparação com o primeiro levantamento, realizado no início de agosto. Nos dados divulgados nesta manhã pela Rádio Som Maior, a vantagem de Guidi na liderança do processo eleitoral caiu para menos de sete pontos percentuais.
Na pesquisa estimulada, Ricardo Guidi aparece com 39,6%, Vaguinho com 32,8%, Paulo Ferrarezi soma 9,4%, Arlindo Rocha tem 5,8%, Júlio Kaminski 1,1%, Jorge Godinho 0,6%. Não sabem 8% e 3,7% dos eleitores afirmam que pretendem votar em branco ou nulo.
A pesquisa foi realizada pelo IPC ao longo do fim de semana. O levantamento tem margem de erro de 3,9% e está registrado sob o número SC 08033/2024.
Prefeita ausente
Dalvania Cardoso foi a ausência do primeiro debate dos candidatos ao governo de Içara. No encontro realizado pela Cidade em Dia, apenas Lauro Nogueira e Max Mello estiveram presentes. Com isso, Dalvania e seu governo acabaram sendo os alvos preferidos dos postulantes ao executivo. Mello criticou o projeto cidade do Idoso, que taxou de “Cidade Fantasma”, e também afirmou que a atual gestão “não semeou nada”.
— Vamos levar o nome do nosso município para outros estados e países. A nossa cidade ser a segunda maior economia da região é fruto de gestões anteriores. O atual governo não trouxe uma empresa para Içara com mais de 100 funcionários. Esse atual governo não semeou nada — pontuou Mello.
Nogueira foi outro que não poupou a candidata do PL. Ele citou, por exemplo, o condomínio empresarial Luiz Henrique da Silveira:
— Aquele modal que deveria ter sido colocado ali e aproveitado pela atual administração, não foi. E é preciso que esse terminal modal seja aproveitado. É importante que as indústrias se instalem em Criciúma e apliquem ali tudo o que nós temos para oferecer naquele complexo industrial. Trabalhar bastante para que seja visto todo aquele condomínio Luiz Henrique da Silveira. É importantíssimo que façamos aquilo funcionar — ressaltou Nogueira.
Em Criciúma
Um dia após o início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, a presença de Clésio Salvaro no programa de Vaguinho Esíndola parece ter incomodado a campanha de Ricardo Guidi. O candidato do PL entrou na Justiça para retirar a imagem do prefeito do ar. O trecho em questão é o corte de uma live em que Salvaro entrevista o candidato do PSD.
— Mesmo com a decisão da Justiça determinando a retirada de parte da exposição, se a presença do prefeito Salvaro na TV incomoda o nosso adversário, vamos intensificá-la ainda mais nas ruas — afirmou Vaguinho. O candidato a prefeito definiu esse movimento da oposição como “uma tentativa desesperada de tentar reduzir o grande potencial de transferência de votos de Salvaro” — concluiu.
A campanha do PSD também agiu rápido e colocou no ar uma resposta para Ricardo Guidi. A inserção faz menção ao início da vida política de Ricardo Guidi no PPS e coloca “eleitores” se manifestando com um “Se o Salvaro não pode falar eu falo”.
A explicação
A coligação Criciúma de Todos, encabeçada pelos candidatos Ricardo Guidi e Acélio Casagrande, torna pública a ação judicial que fez cumprir a lei eleitoral (art. 74 da Res. TSE n. 23.610/2019), em relação à norma que dispõe que apoiadores de campanha não podem ultrapassar o limite de 25% do tempo total de programas eleitorais.
Logo no primeiro dia da veiculação de mídia, a coligação Criciúma Acima de Tudo descumpriu flagrantemente a lei eleitoral, excedendo gravemente os limites fixados para a participação de apoiadores na propaganda eleitoral de rádio e televisão, ao utilizar a imagem do prefeito Clésio Salvaro em mais de 50% do tempo de mídia.
A decisão que obrigou a suspensão do material irregular da coligação “Criciúma Acima de Tudo” foi proferida pelo juiz eleitoral Sergio Renato Domingos, juiz eleitoral da 10ª ZE.
Já Kaminski
Em uma segunda-feira onde todos se alfinetaram, Júlio Kaminski resolveu disparar sua metralhadora contra os dois que pontuam as campanhas na cidade. Ele afirmou que Guidi e Vaguinho “não prestam” e ressaltou os problemas enfrentados neste momento pela cidade de Criciúma.