Objetivo é orientar pacientes sobre as formas de agressões que podem ser praticadas no dia a dia

Criciúma

Os pacientes que aguardam na sala de espera da Clínica da Medicina, nas Clínicas Integradas da Unesc, passaram a receber informações sobre prevenção e enfrentamento da violência contra a mulher. A atividade faz parte do novo projeto de Extensão da Universidade intitulado “Educação em saúde para prevenção da violência contra a mulher”.

A proposta é uma iniciativa das professoras do curso de Medicina, Vanessa Iribarrem Avena Miranda e Susana Cararo Confortin e tem como objetivo oportunizar a sensibilização dos usuários da Clínica Médica sobre o que é a violência, e alertá-los sobre algumas atitudes que se enquadram como violência contra a mulher.

“As atividades são voltadas para o homem, mas principalmente para a mulher.  A nossa abordagem possibilita aos ouvintes identificar ou lembrar de alguma pessoa conhecida que esteja sofrendo agressões e assim ajudar de alguma forma. Há cada 15 dias os nossos acadêmicos irão aplicar alguns tipos de metodologia ativa, apresentando frases que remetem a alguma atitude que pode ser verdadeira ou falsa. Depois das respostas dos pacientes, eles irão explicar para quais são os tipos de violência”, explica Vanessa.

Tipos de violência

A professora ainda elenca os tipos de violências cometidas no dia a dia. “Existe a violência física; psicológica; sexual; moral e patrimonial. Também utilizaremos de um ‘violentômetro’, que apresentará as formas de violência de maneira visual para que as pessoas identifiquem se estão em risco. Outro serviço que prestamos é informar os participantes quais são os locais de apoio em Criciúma para denunciar ou pedir apoio”, conclui.

A primeira apresentação do projeto foi realizada pelas acadêmicas da sexta fase do curso de Medicina, Amanda Tezzer e Rafaela Mazzucco Ricardo. “Muitas mulheres e homens não conhecem os vários tipos de violência, acreditam que existe a violência física ou sexual, por isso precisamos divulgar para o público e para a sociedade. Assim todos se atentem e ajudem no combate a violência contra a mulher”, pondera Amanda.

“Existe um alto registro de ocorrência agressivas contra a mulher. Neste bate-papo, nós apresentamos os cinco tipos de violência. É importante abordar esses assuntos para proporcionar essa educação e saúde aos nossos pacientes. Com isso eles podem se atentar aos pequenos sinais no dia a dia para se protegerem ou auxiliar, de repente, uma parente ou uma amiga. Esse é o diferencial desse projeto”, conta Rafaela.

Ivonete Pereira estava no saguão da Clínica Médica aguardando a sua consulta. “As meninas apresentaram informações sobre a violência contra as mulheres e souberam explicar direito e tiraram as nossas dúvidas. Foi muito esclarecedor e minhas questões foram explicadas”, cita.