Animais foram treinados pelo Instituto Adimax, de São Paulo, em uma parceria com a empresa Canguru Embalagens

Criciúma

Uma entrega que trará mais segurança, mobilidade e assistência a pessoas com deficiência visual. Assim pode ser definido o ato que ocorreu na tarde ontem (30), na Prefeitura Municipal de Criciúma. O Instituto Adimax, com sede em Salto do Pirapora, SP, junto à empresa Canguru Embalagens, entregaram dois cães-guia aos criciumenses Renan Dal Pont Cardoso e Laércio Rodrigues. Após passar por um longo período de preparação e um período de um mês de treinamento com os tutores, os animais finalmente chegaram, hoje, aos novos lares. Eles são os únicos cães-guia em atividade no município.

De acordo com o especialista em Marketing da Canguru, Taylor Lompa, este é o resultado de um trabalho iniciado há quase três anos. “Conhecemos a instituição no fim de 2020 e, em 2021, nos tornamos apoiadores com o objetivo de custear os valores dos treinamentos. Também adotamos outros dois cães, que estão sendo preparados para virem para Criciúma. O Guru, que deve ficar pronto até o fim do ano; e um bebê, escolhido na semana passada, que ainda não tem nome”, conta Lompa.

Cinco cães já foram enviados à região Sul do Brasil desde que o projeto junto à Canguru foi startado, expõe o gerente geral do Instituto, Thiago Pereira. “E este resultado só foi possível graças à parceria com a empresa”, diz ele, ao complementar: “o Guru é o próximo a vir, e deve chegar a Criciúma até novembro. Ele passou pelo processo de cão guia, mas não mostrou vocação. Por isso, hoje está sendo treinado para ser um cão de assistência para crianças com autismo. É um animal extremamente dócil, de apoio emocional, que será o melhor amigo do tutor”, esclarece Pereira.

Na oportunidade, o prefeito Clésio Salvaro destacou que a iniciativa é um grande exemplo de iniciativa social de empreendedores, a Adimax, mantenedora principal, e a Canguru que ajuda a viabilizar a vinda de cães guia para a região. “Trata-se de uma extensão do papel social já desenvolvido por uma empresa de gerar emprego e renda, como a Canguru e o Grupo Jorge Zanatta fazem há mais de cinco décadas na nossa cidade”, exaltou.

Mesmo com poucas semanas ao lado da sua labradora guia, Laércio Rodrigues diz que sua vida “mudou da água para o vinho”. “A experiência tem sido muito boa. Um trajeto que eu levava cinco horas, estou fazendo em uma hora. Percebo também a diferença muito grande em relação à socialização. O cão atrai as pessoas e elas se aproximam mais da gente, diferente do que acontecia quando eu andava com apoio da bengala”, relata.