Botão de pânico será instalado em escolas municipais

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Medida faz parte do Plano Municipal de Segurança Escolar

Criciúma

O aumento da segurança na rede de educação em Criciúma está novamente em pauta com o decreto que institui o Plano Municipal de Segurança Escolar. Entre as recomendações e propostas, está a instalação do botão de pânico em cada uma das 66 unidades escolares da rede municipal, projeto previsto para ser concluído ainda neste mês, depois licitado e implantado entre o final de julho e início de agosto.

O botão de pânico estará interligado ao Centro de Controle de Operações (CCO), sob comando da Defesa Civil, e permitirá comunicação em tempo real entre os monitores do CCO e os gestores nas escolas. O secretário de governança da Prefeitura de Criciúma, Tiago Ferro Pavan, coordenou a Comissão de Planejamento de Segurança Escolar. Ele explica que o dispositivo é parte do sistema de vigilância e monitoramento das escolas e permite comunicação bilateral entre a escola e os monitores.

“O CCO também tem acesso às câmeras da Afasc (Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma). Cada escola vai ter o dispositivo que quando acionado vai disparar o alarme na Central de Operações, ou seja, quando o gestor identificar situações de emergência vai apertar o botão e a Defesa Civil recebe o alerta georreferenciado. E através das câmeras de monitoramento vai identificar o que está acontecendo e acionar o órgão de segurança adequado para a situação”, afirma.

Por meio do monitoramento, o caminho também pode ser inverso, com o CCO identificando algum risco e avisando o gestor responsável pela escola. “Se a Defesa Civil identifica alguma atividade suspeita, através do botão de pânico aciona um alerta que será disparado para que o gestor tome alguma atitude”, explica Pavan.

A ideia é elevar a segurança no ambiente escolar, tanto para riscos externos quanto para internos. Os riscos internos estão relacionados às próprias instalações e atividades desenvolvidas no ambiente escolar, como falta de manutenção, problemas elétricos ou estruturais, presença de materiais perigosos ou violência dentro da escola.

“Já os riscos externos estão relacionados à localização e condições do ambiente onde o edifício está situado. Esses riscos podem ser naturais, como enchentes, tempestades, deslizamentos ou incêndios em áreas próximas, bem como ameaças ou ataques de agentes invasores”, conforme diz o Plano Municipal de Segurança Escolar, construído com auxílio das forças de segurança, como Defesa Civil, Polícia Militar (PM), Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.

“Cada força de segurança é responsável por uma parte do plano. Cada um tem sua atribuição. A Defesa Civil tem a avaliação de estrutura e risco. A PM e a Civil efetivamente o patrulhamento ostensivo e investigação. Então um pouco do plano já está acontecendo. É um manual que vai dar norte para a segurança escolar. O plano é permanente e não é engessado, podendo ser modificado. É um plano vivo e orgânico”, explica o diretor da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Criciúma, Fred Gomes, e presidente da Comissão de Planejamento de Segurança Escolar.

Gradativamente haverá a integração, junto ao CCO, das câmeras de vigilância interna das escolas para aumentar a rede de monitoramento.

O Plano Municipal de Segurança Escolar será transformado em cartilha e depois entregue nas unidades de ensino situadas em Criciúma, independente se for da rede municipal, estadual ou particular. Todas receberão as recomendações e orientações. Celito Cardoso, secretário municipal de Educação, explica que as medidas previstas no decreto estão em implantação nas escolas do município e servem como orientação geral da rede de educação.