CBMSC, sistema prisional e judiciário firmam parceria para uso da mão de obra de apenados

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Um grupo de 12 apenados foi responsável pela reforma e reutilização de materiais do quartel de bombeiros militares do município

Criciúma

Uma parceria inédita entre o Corpo de Bombeiros Militar de Criciúma e o sistema prisional, através do Ministério Público (MP) e do Tribunal de Justiça de SC (TJSC), possibilitou que a mão de obra de apenados da Penitenciária Sul, com sede em Criciúma, fosse utilizada para a reforma e reutilização de materiais do antigo e novo quartel do CBMSC.

Com a construção da nova estrutura do Quartel Militar, na Rua Dolário dos Santos, materiais que seriam inutilizados foram doados para construção de novas áreas na Penitenciária Sul, como as lajotas para a pavimentação na área de reciclagem e para uma futura construção da nova biblioteca.

O grupo, de 12 apenados, foi responsável ainda pela reforma na atual estrutura do CBMSC, na rua General Osório. De acordo com o comandante do 4º Batalhão de Bombeiros Militar, tenente-coronel BM Henrique Piovezam da Silveira, a mão de obra com agilidade possibilitou uma economia para os cofres públicos. “Através deles nós conseguimos reformar todo nosso novo quartel temporário, foram construídas novas salas, além da colocação de piso. Usando o conhecimento de cada um para o bem estar social”, afirmou.

Já conforme o diretor-geral da Penitenciária Sul, Wagner Batista Ismael, em 15 anos, desde a inauguração, não havia a possibilidade do apenado prestar serviço fora da penitenciária. “Foi fundamental para a ressocialização do preso. Deu uma enfâse maior ao nosso trabalho, porque esse preso que presta serviço, seja para o bombeiro ou mesmo aqui dentro, acaba se desligando do mundo do crime”, enfatizou.

Essa parceria só foi possível por conta da autorização do MP e do TJSC. “Foi uma honra o judiciário participar desse projeto, sendo fundamental que as instituições estreitem cada vez mais as relações, fortalecendo as parcerias, pois a missão de todos é a busca pelo bem da população em geral”, considerou a juíza da Vara de Execuções Penais da Comarca de Criciúma, doutora Débora Zanini.