“Quero ser governador para cuidar das pessoas, para que sejam felizes”

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Jorge Boeira (12) é candidato a governador de Santa Catarina pelo PDT. Engenheiro mecânico e empresário foi deputado federal por quatro mandatos e responsável pela interiorização da Ufsc

Jorge Catarino Boeira é engenheiro mecânico e empresário. Já foi professor da Escola Técnica Federal de Santa Catarina e, por quatro vezes, deputado federal. Em todos os mandatos, representou o trabalhador catarinense, pautado, também, pela defesa da educação pública e de qualidade. Foi o responsável direto pela interiorização da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc).

Durante décadas, a instituição foi a única universidade pública do estado e tinha apenas um campi, em Florianópolis. Mas, a partir de 2004, graças à destinação de emendas do então deputado Boeira, surgiu o campus de Araranguá, no Sul do estado, e hoje os estudantes de outras 22 cidades têm acesso ao mesmo ensino superior gratuito.

Já na área da educação profissionalizante, mais recursos indicados por Boeira tornaram possível a instalação do Instituto Federal de Educação em Araranguá e em Tubarão. Na educação infantil, garantiu a construção e a manutenção de creches em diversos municípios catarinenses.

Deu atenção à agricultura familiar, com incentivo às cooperativas formadas por pequenos produtores. Articulou para que 75% dos royalties da exploração de petróleo no pré-sal fossem destinados à educação e, 25%, para a saúde.

Em cada um de seus mandatos, por meio de um rigoroso controle de gastos do gabinete, esteve entre os primeiros do ranking de parlamentares que menos utilizavam o dinheiro público para exercício de suas atividades.

Agora, Jorge Boeira aceitou o desafio e é candidato a governador de Santa Catarina pelo Partido Democrático Trabalhista.

 (frase destaque) “A única agenda que faz sentido, hoje, é a agenda do desenvolvimento sustentável.”

Como vai ajudar a diminuir o custo das famílias catarinenses?

As despesas que mais sacrificam o orçamento familiar são os gastos com alimentação, especialmente para aquelas famílias mais necessitadas. Cabe ao Estado ampará-las e isto pode ser feito por meio de um forte apoio à agricultura familiar, fazendo que a produção chegue diretamente às feiras e aos mercados, o que eliminaria a figura do atravessador. Porque, muitas vezes, ele adquire a produção por preços bem abaixo dos praticados nos mercados e feiras. Ao incentivar as pequenas propriedades de agricultores, vamos aumentar a produção e fazer o alimento chegar à mesa das famílias mais barato. Também pensamos em criar um sistema de distribuição de alimentos para as famílias inscritas no cadastro único da assistência social. Evidentemente nada pode ser feito sem a intersetorialidade com outras políticas, como a educação pública de qualidade, a atenção à saúde e a ampliação do que possa contribuir para a geração de renda a estas famílias.

Como classifica o atual momento brasileiro, quais os maiores desafios?

O período pandêmico trouxe uma realidade muito distinta da que vivíamos e deixou lições que precisam ser colocadas em prática. Uma delas é que as pessoas, depois de tanto sofrimento, precisam ser acolhidas. E este acolhimento pode vir da política, se pensarmos nela como o instrumento capaz de melhorar a vida das pessoas, independentemente de ideologias. Quero ser governador para cuidar das pessoas. Para melhorar as condições de educação, diminuir o sofrimento delas diante das longas esperas por cirurgias, exames e pelo atendimento nos postos de saúde. Quero ser governador para que as pessoas sejam felizes, representadas na política e incluídas nas decisões de governo.

Como percebe a situação global, com recessão mundial e crise climática? Qual agenda faz sentido numa situação dessas?

O mundo passa por um momento complicado, com sérias ameaças à paz mundial. A invasão da Ucrânia pela Rússia e a tensão entre China e Taiwan exigem muito esforço diplomático para a superação de tais problemas. Também vivemos uma recessão mundial nos grandes mercados, como Estados Unidos e Europa; uma inflação sobre alimentos e energia, que sacrifica os trabalhadores e os mais necessitados e, ainda, um descaso com a questão ambiental. Consequentemente, a humanidade vivencia ondas de calor, enchentes e incêndios florestais, por exemplo. A única agenda que faz sentido, hoje, é a agenda do desenvolvimento sustentável, onde a atividade econômica não pode ser pensada sem o viés preservacionista.

Qual a sua prioridade e estilo de gestão, se eleito?

Somos todos filhos de Santa Catarina. Minha maior prioridade será cuidar das pessoas. Quero ser o governador de um Estado que cuida delas como uma mãe cuida de seus filhos, longe de ser um Estado paternalista, demagogo ou populista. Quero conduzir um Estado que não só percebe as necessidades da população, mas que as soluciona. Minha gestão será de austeridade nos gastos do dinheiro público, de combate à corrupção, mas não será um estado fiscalista, perseguidor. Porque vejo a saúde, a educação, a promoção da cidadania como investimentos nas pessoas e não como meras despesas que devem ser cortadas. Minha gestão será inovadora e transformadora. Vou aliar a minha experiência exitosa como empresário e bom gestor com a necessidade de realizarmos os investimentos em obras que precisam ser feitas, melhoradas e acabadas, com a inovação nos processos administrativos e com a transformação necessária para melhorar a qualidade de vida dos catarinenses.

Como ou quem vai compor a sua equipe de governo?

Vou governar uma Santa Catarina que pense e acolha todos os seus filhos. Para isso a nossa gestão será democrática e participativa, repito: sem ser populista. Trazer a participação popular à tomada de decisão é praticar a democracia em sua plenitude. Quanto a nomes, nossa candidatura é fruto de uma decisão coletiva do nosso partido, o PDT. Evidentemente, ouvirei suas sugestões, mas garanto que será um governo técnico, com profunda visão social e investimento nas pessoas. Só assim o Estado que defendo as acolherá.

O que espera das Eleições 2022?

Espero que seja coroada a festa da democracia e que ela saia ainda mais fortalecida. Que vença aquele que mais passar confiança e segurança ao eleitor. Se isso acontecer, então sim, terá sido eleito aquele que mais mostrou compromisso e comprometimento em resolver ou minimizar grandes e graves problemas vivenciados por boa parte da população.

O que faz com R$ 200 no bolso e um dia livre

Meus dias livres são aos domingos que almoço ou saio para almoçar com minha família

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O que tenho é suficiente.