Na pauta do encontro saúde, corrupção, economia e educação acabaram sendo os temas de destaque

São Paulo

Durante quase três horas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (PMDB), Felipe D’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil) fizeram o primeiro debate desta eleição entre os candidatos à Presidência da República na Band. Na pauta do encontro saúde, corrupção, economia e educação acabaram sendo os temas de destaque.

Os candidatos também aproveitaram para falar de suas principais propostas de governo, mas não deixaram de lado as polêmicas com troca de acusações de corrupção, mentiras e divulgação de fake news. O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) chegaram a bate-boca em relação ao valor do Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família.

Logo no primeiro bloco já houve espaço para pergunta entre candidatos. Jair Bolsonaro perguntou a Lula sobre corrupção e citou casos da Petrobras e também em obras na transposição do Rio São Francisco. Ciro Gomes perguntou para Jair Bolsonaro sobre fome e miséria no Brasil. Felipe d’Ávila perguntou para Ciro Gomes educação e corrupção no MEC. Soraya Thronicke perguntou para Simone Tebet sobre saúde pública. Lula perguntou para Felipe d’Ávila crescimento econômico. Simone Tebet perguntou para Soraya Thronicke sobre os problemas na educação brasileira.

No bloco seguinte houve discussão entre Bolsonaro e Lula sobre o valor do Auxílio Brasil. Bolsonaro respondeu que seu governo foi quem aumentou o valor dos auxílios e que manterá para o próximo ano, caso seja reeleito. Ele também pontuou que o PT foi contrário na votação do aumento do valor do Auxílio Brasil.

Lula disse que a manutenção dos R$ 600 do Auxílio Brasil não está na LDO enviada ao Senado Federal. Lula afirmou que, caso eleito, vai manter o auxílio com um projeto de crescimento econômico do país. O ex-presidente também citou as privatizações feitas durante o governo Bolsonaro.

Ao longo do debate Ciro também atacou a posição pró armas de Jair Bolsonaro. “Arma só serve para matar, não serve para outra coisa. O presidente Bolsonaro militar treinado foi assaltado pelo fator surpresa em uma motocicleta e levou a arma dele. É um equívoco grosseiro. No interior do Brasil em que não tem a polícia para chamar, eu concordo. Eu, presidente da República, sou um homem da paz, vou instrumentalizar a polícia para enfrentar o contrabando de armas.”

Já o presidente se desentendeu com a jornalista Vera Magalhães e acabou alvo de adversários. O chefe do Executivo afirmou que a profissional é uma “vergonha para o jornalismo brasileiro”. Isto foi usado por Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), como misoginia do presidente.

Nos bastidores o clima também foi quente. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o deputado Federal André Janones bateram boca e só não chegaram as vias de fato porque foram contidos.