Dados da mostra, atualizada periodicamente, são da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade e são usados como ferramenta para orientar ações de manutenção e restauração

Da Redação

O Governo de Santa Catarina divulgou ontem levantamento apontando que: “de cada 10 quilômetros de rodovias estaduais”, as chamadas SCs, “7 quilômetros estão em regular, bom ou ótimo estado”. Os dados da mostra, atualizada periodicamente, são da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE) e são usados como ferramenta para orientar ações de manutenção e restauração de estradas.

“O quadro é resultado do investimento na área. De 2019 até agora, foram aplicados R$ 307,22 milhões em ações que vão desde o tapa buracos e roçada até a revitalização do pavimento. Já em obras de maior porte, como implantação, pavimentação, ampliação ou duplicação de estradas, o investimento atual passa de R$ 1,2 bilhão. E irá alcançar a marca de R$ 3 bilhões com as estradas que estão em processo de licitação”, diz as informações passadas à imprensa.

A melhora do cenário nos últimos três anos e meio reflete a prioridade dada à infraestrutura. “Estradas em boas condições, além de propiciar mais segurança e conforto, atraem investimentos, movimentam a economia, geram empregos”, destacou o governador Carlos Moisés.

Os investimentos realizados em conservação rodoviária em 2018 e em 2022, comparativamente, mostram que o valor aplicado quase que triplicou. Foram R$ 32,27 milhões investidos em todo ano de 2018 e R$ 118 milhões em 2022 apenas entre janeiro e abril.

Metodologia utilizada

A metodologia utilizada na avaliação das estradas tem como ferramenta o aplicativo Levantamento Visual Contínuo (LVC), desenvolvido pela equipe de Inovação da SIE. Diferentemente de estudos de outras entidades, como Fiesc e CNT, que avaliam os principais eixos rodoviários, a Secretaria de Infraestrutura monitora todos os 5.077 quilômetros de estradas estaduais (SCs) pavimentadas. Em 2018, um levantamento da Fiesc chegou a apontar que 74% das rodovias precisavam de melhorias.

Quem opera o LVC, em campo, são os engenheiros fiscais da secretaria, por meio de vistorias periódicas, divididas quilômetro a quilômetro, em todas as estradas pavimentadas que fazem parte do Plano Rodoviário Estadual (PRE). Durante o processo, são atribuídos conceitos aos elementos rodoviários pré-definidos por meio do aplicativo, como imperfeições do pavimento, sinalização e roçada.

Os números demonstram uma melhora geral do estado das rodovias desde 2019. Para se ter uma ideia, o Relatório Anual de Manutenção relativo ao ano de 2018 (que usava metodologia semelhante, mas foi realizada por empresa privada contratada pelo então Deinfra) apontava que 40,56% estavam em estado péssimo ou ruim, completamente esburacadas. Com o trabalho que vem sendo realizado, o número de rodovias consideradas ruins ou péssimas, em 2022, caiu para 26,82%. Em 2022, 2,42% das rodovias estaduais são consideradas péssimas. Em contrapartida, 73,19% são tidas de regulares a ótimas.

“Revertemos um quadro desolador e estamos trabalhando incansavelmente para que as alterações neste índice sejam continuamente para melhor. O Estado virou um canteiro de obras”, destaca o secretário da Infraestrutura e Mobilidade, tenente-coronel Thiago Vieira.

Para categorizar a situação das rodovias em ótimo, bom, regular, mau e péssimo, o LVC leva em consideração critérios como a situação do pavimento (avalia e classifica o estado de degradação do pavimento, levando em consideração os principais defeitos da superfície, tais como trincas, buracos, afundamento de trilha de rodas, remendos, ondulações, exsudação, escorregamentos e desgaste superficial), acostamento, limpeza da plataforma estradal, drenagem e sinalização (vertical e horizontal).