Aumentam casos de síndrome gripal no país

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Muitos casos ocorrem em São Paulo, mas podem se espalhar pelo país. Pacientes estão se confundindo com Covid-19

Agência Brasil

Há um “surto” de gripe Influenza em São Paulo. Este surto, como qualquer gripe, pode se espalhar para outros estados na medida que o centro econômico do pais tem conexão com todos os estados da federação que viajam principalmente a trabalho. O aumento significativo do número de pessoas com a síndrome gripal foi constatada pela Secretaria de Saúde paulista. Foram 91,8 mil atendimentos nos primeiros 15 dias de dezembro, enquanto, em todo o mês de novembro, foram 111,9 mil casos. Quase metade das pessoas que procuraram os serviços municipais de saúde em dezembro (45,3 mil) achavam e tiveram até um primeiro diagnóstico como sendo de Covid-19.

Neste ano, dos 119,8 mil casos identificados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), 205 (0,2%) do total, foram confirmados como causados pelo vírus influenza. Entre estes 20, o que representa 9,8% do total, foram identificados como influenza A (H1N1), quatro (3,8%) como influenza A (H3), 134 (34,3%) como influenza A não subtipado e 47 (19,9%)  e 47 (19,9%) como influenza B.

Um boletim divulgado na semana passada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, alertou para a presença do vírus influenza A nos casos de SRAG da população adulta e entre crianças no estado fluminense. Segundo o Infogripe, boletim da Fiocruz, havia risco de importação do vírus para outros grandes centros urbanos e destinos turísticos.

Monitoramento

Os dados e diagnósticos estão sendo coletados, inclusive dos internados em unidades de terapia intensiva, para se evitar erros de diagnóstico e ao mesmo tempo monitorar o alastramento da Influenza, que está aparecendo numa época pouco comum: no verão. O trabalho abrange a rede pública e provada de saúde. As amostras são encaminhadas para o do Instituto Adolfo Lutz, responsável pela identificação do vírus causador da doença e do subtipo, em caso de influenza.