O impeachment
Quando comecei a escrever esta coluna, às 18 horas, o processo de votação de Impeachment de Carlos Moisés e da vice Daniela Reinehr sequer havia iniciado. Estavam os deputados ainda em suas considerações. Sinceramente, quando a sessão começou eu estava certo de que a aprovação da continuidade do processo de impeachment era fato consumado. Termino a coluna com a convicção de que a maioria votará sim pelo afastamento. Confesso, no entanto, que me surpreendi com alguns posicionamentos. Deputado Vicente Caropreso (PSDB) fez uma defesa veemente do governador. Afirmou que não houve crime e que, o que há é um fato político. Ele também criticou, e com absoluta razão, os argumentos usados por um série de parlamentares. Foi mais uma vez uma sessão circense, onde Deus e Bíblia foram citados a todo momento. Entre os muitos argumentos queixas contra a posição política, a traição a Bolsonaro e até a falta de convites aos deputados para participarem de almoços. A situação de Carlos Moisés ficará extremamente delicada no que diz respeito a CPI dos Respiradores. Lá talvez se encontre argumento jurídico para cassar o governador. Nesse caso específico, se ele cair e há sim grande chance, tombará por decisão política.
Moisés assume erro
O governador assume o erro, mas não o do reajuste aos procuradores do Estado. Em texto encaminhado ao parlamento e lido pela deputada Paulinha, Carlos Moisés admite que errou no relacionamento da Assembleia Legislativa. “De fato ouvimos poucos os senhores e senhoras deputadas. Me dirijo a vocês neste momento tão delicado para Santa Catarina. É preciso unir esforços para vencer os desafios para o bem de todos os catarinenses. Estou reafirmando meu compromisso de governar bem Santa Catarina até 31 de dezembro de 2022”, lembrou o governador.
Como vice
No apagar das luzes, o médico Alisson Pires deixou a condição de candidato a prefeito de Criciúma para assumir a posição de vice na chapa de Júlia Zanatta. A coligação PL e PSL surpreendeu muita gente, inclusive integrantes dos dois partidos.
Podemos
No último dia de convenções, o Podemos também confirmou a disputa com chapa pura pela prefeitura de Criciúma. O coronel da reserva Cosme Manique Barreto vai disputar a prefeitura de Criciúma. Terá como vice o ex-vereador Cesinha Faraco.
Recorde
Fim das coligações nas proporcionais provocou um recorde de registro de candidaturas a vereador no município de Içara. São 187 nomes disputando 15 vagas. O mesmo fenômeno se registra também em praticamente todos os municípios da região.
Diretas
De olho no processo do Impeachment, o Patriotas de Santa Catarina está começando uma campanha para tentar Eleições Diretas em Santa Catarina caso Moisés e a vice Daniela sejam de fato afastados. A intenção é das melhores, mas pode esbarrar em um entrave legal já que, constitucionalmente, há a determinação que, quando houver afastamento do chefe do executivo e do vice, passados mais de 50% do mandato, a eleição deve ser indireta.
Chapa branca
Depois do PP, o PT do Balneário Rincão também optou pela chapa branca, ou mais ou menos. O partido aprovou em sua convenção o nome dos candidatos ao legislativo e um apoio informal a Charles da Rosa, do PSDB. “Vamos tentar manter nossa representatividade na Câmara porque ela é importante para fiscalizar e ajudar no desenvolvimento do município”, explica o vereador João Picollo.