Deve abrir
Fechei a coluna deste fim de semana antes da coletiva do governador Carlos Moisés, mas ao que tudo indica ele vai deixar mesmo para a segunda-feira o anúncio das novas regras criadas pelo Estado para permitir que prefeitos tomem suas próprias decisões com relação a retomada de atividades como comércio, eventos e o transporte coletivo. A medida anunciada durante a semana pelo governador é resultado da pressão que Carlos Moisés vem recebendo dos setores produtivos de Santa Catarina e é também resultado de cobrança vinda dos próprios prefeitos. Desde o começo das ações de combate à pandemia, o governador se mostrou altamente centralizador e, em vários momentos, e, por conta disso, trocou os pés pelas mãos. Como Moisés resolveu atacar de Pilatos e lavar as mãos, caberá aos municípios analisar cuidadosamente cada passo. Eu sei que todos querem a retomada, a normalidade e entendo perfeitamente essa posição. Também acho que precisamos gradativamente retomar, mas com cuidados para que não tenhamos obrigatoriamente que voltar à estaca zero.
Em Criciúma
Conversei com o secretário Acélio Casagrande sobre a estratégia que deve ser adotada para a volta das atividades em Criciúma. Neste momento, o governo ainda está aguardando pela publicação das regras e pela divulgação do modelo que será adotado pelo estado. Com base na nova ferramenta, uma equipe multidisciplinar vai ser montada para definir o que pode e o que não pode reabrir. “Claro que há uma preocupação. Ainda estamos na metade da pandemia. Situação preocupa e as pessoas precisam continuar se cuidando para que não tenhamos uma disparada no número de casos. Vamos voltar o que for possível e com todo o cuidado necessário”.
Chegaram
Foram entregues ontem em Criciúma 14 respirados. Os equipamentos são do lote comprado do Estado junto a Weg e que já foram entregues esta semana. 10 respiradores foram entregues ao Hospital São José e outros quatro para o Hospital Santa Catarina. Os respiradores representam um reforço para a saúde no combate a pandemia.
Vítima
Jessé Lopes gravou vídeo em suas redes sociais comentando o processo que pode enfrentar na Alesc por quebra de decoro. Reclamou sobretudo que vem sendo perseguido por suas posturas e convicções e também por pregar o enxugamento de gastos nos gabinetes parlamentares. A julgar pela declaração, Jessé não pretende recuar de suas posições.
Recuo de 1,5%
Em meio à pandemia de Covid-19, o PIB teve queda de 1,5% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com último trimestre de 2019. Os dados foram divulgados na sexta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o primeiro trimestre de 2019, o PIB caiu 0,3%. Em 12 meses, o PIB acumula alta de 0,9%.
Reação
Para tentar reagir, o governo quer aprovar uma série de outras reformas pós pandemia. No pacote além de manter o teto de gastos, precisa incluir: o fortalecimento do arcabouço de proteção social transferindo recursos de programas ineficientes para programas sociais de comprovada eficiência no combate à pobreza; a melhora da eficiência das políticas de emprego; o aprimoramento da legislação de falências; o fortalecimento e a desburocratização do mercado de crédito, de capitais e de garantias; a aprovação novo marco regulatório do setor de saneamento básico e do setor de gás; a abertura comercial; privatizações e concessões; reforma tributária.