Por conta das relações de parentesco do secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável Lucas Esmeraldino com pessoas da autarquia, surge um novo alvo contra o Governo de Carlos Moisés

Agência AL

Membros das bancadas do PSD e do PL criticaram ontem (19) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) novamente as dispensas de licitações patrocinadas pela SC Par. “O presidente da SC Par era sócio de uma empresa do irmão do secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável e o diretor financeiro é tio do Lucas Esmeraldino, o mesmo que assinou uma dispensa de licitação de R$ 10,7 milhões”, revelou Kennedy Nunes (PSD).

Esmeraldino é o novo alvo contra o Governo de Carlos Moisés. Ele é o pivô da reportagem especial do jornal Notícias do Dia de Florianópolis de ontem que trata da influência do secretário de Desenvolvimento Econômico no governo.

A matéria cita, por exemplo, a anulação da contratação de uma empresa por parte da SC Par Porto de São Francisco, contratação essa com dispensa de licitação no valor de R$ 10,7 milhões para os serviços de implantação do novo terminal graneleiro, que previa obras na estrutura física e da rede de automação da alfândega.

Segundo Kennedy Nunes, depois que a dispensa veio a público o contrato foi cancelado. “Um distrato amigável de contrato de R$ 10 milhões de uma hora para outra? Eu iria até as últimas para manter o contrato, mas de uma hora para outra cancelaram o contrato, por que cancelaram? Não estava tudo certo?”, questionou Nunes.

Os deputados Maurício Eskudlark (PL) e Ivan Naatz (PL) também criticaram os gastos do governo. “Temos coragem de enfrentar essa quadrilha que está ali dentro, todos os órgãos têm problemas”, garantiu Eskudlark, que citou o caso da Secretaria de Estado da Educação que contratou faxina e jardinagem de 22 escolas em três municípios do Planalto Norte por R$ 2,4 milhões.

“A família de Tubarão tomou conta do governo de Santa Catarina, o secretário Lucas está usando da influência para empregar a família, fazer negócios com o governo. Querem os portos porque têm dinheiro em caixa, a Secretaria da Saúde, os contratos emergenciais, é uma máfia que se instalou e que precisa ser imediatamente afastada”, declarou Naatz, que concordou com Kennedy: “quem rejeita um contrato de R$ 10 milhões? Rejeitou porque era rolo, sacanagem, roubalheira, porque a Assembleia pegou”.