Sentença foi de sete anos de reclusão, mas em regime semiaberto, e pagamento de 10 dias-multa
Foi condenada ontem em sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Forquilhinha, a dentista que confessou o homicídio e a ocultação do cadáver do namorado. O crime aconteceu em dezembro de 2015. O julgamento lotou o Salão do Júri da comarca e, devido à grande repercussão do caso na região, foram distribuídas senhas para familiares da vítima e da acusada, acadêmicos de direito, imprensa e população em geral. A sessão foi presidida pela juíza Luciana do Nascimento Lampert, titular da Vara Única da Comarca Forquilhinha.
O Conselho de Sentença, reconheceu, por maioria de votos, que a acusada praticou os crimes de homicídio simples e ocultação de cadáver. Ela foi condenada a pena de sete anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, além do pagamento de 10 dias-multa. Foi concedido a ré o direito de recorrer em liberdade. Na acusação atuou o promotor de justiça André Barbuto Vitorino, e, na defesa, o advogado Alessandro Damiani.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a ré, motivada pelo desejo de colocar um fim no relacionamento conturbado e também de se vingar de uma discussão ocorrida no dia anterior ao crime, teria assassinado o namorado com golpes de faca. Após o homicídio, a mulher, com ajuda de seu pai, levou o corpo da vítima até o município de Arroio do Silva, a 40 km de distância do local do crime, e o enterrou em uma vala em local de difícil acesso. Um ano e meio após o crime, e já apontada como autora após investigação pelo desaparecimento do homem, a ré confessou o homicídio. O pai da acusada responde pelo crime de ocultação de cadáver, mas em processo separado.