Luís Artur Nogueira convidou o público a participar da palestra com opiniões via dispositivos
O economista e jornalista Luís Artur Nogueira tem fé na virada econômica do Brasil durante o governo Bolsonaro. Ontem na Expomais, ele teve ainda a participação ativa do público, convidado a interagir pelo palestrante através de dispositivos distribuídos à plateia. Nogueira estimulou o público a avaliar o atual governo e demonstrar o grau de confiança na recuperação econômica do país, por exemplo.
No primeiro questionamento, sobre a projeção do crescimento econômico no atual governo, 59% apostou que crescerá 2%, um cenário otimista, que acompanha o sentimento de Nogueira. “Tendo em vista a agenda econômica muito boa, acredito que o Brasil vai crescer com mais força a partir do ano que vem, mas é claro que isso depende da ala política, que vai muito mal, desviando o foco da economia”, entende.
Além de acertar o passo entre o governo e o Congresso Nacional, o economista avalia que o corte de juros será primordial e, nisso, as instituições cooperativas de crédito, como o Sicredi, estão fazendo uma verdadeira revolução no mercado, na opinião dele. “Esse movimento que as cooperativas de crédito lideram vai obrigar os grandes bancos a reduzir a taxa de juros”, considera.
Nogueira lembra que fatores externos também podem influenciar na economia do país. E o segredo para diminuir esses impactos é não tomar partido em uma disputa entre outros países, mas tentar manter relações comerciais com todos os parceiros. “É preciso ir atrás de investimento externo. As crises não são novidade para os brasileiros, mas como explicar os movimentos políticos do Brasil aos estrangeiros?”, questiona.
O crescimento da economia brasileira, segundo Nogueira, vai depender de uma sintonia melhor entre os agentes políticos e o setor privado. “É preciso trabalhar para cada vez menos o Estado interferir na economia. Na crise, o empresário brasileiro foi buscar soluções e está preparado para o novo ciclo de crescimento”, acredita.
Ele também apontou as inúmeras oportunidades de negócios oferecidas pelo país. “O Brasil tem diferenciais como o agronegócio, que sempre salvou o país em momentos econômicos difíceis. O setor de construção também pode crescer muito e obras movimentam a economia. E ainda temos um amplo espaço para a cultura do empreendedorismo”, cita.