Fatores que levam a obesidade
A vida moderna, com grande oferta de alimentos de alto valor calórico e pobre em nutrientes saudáveis, facilitou o aumento da obesidade, e todas as más consequências para a saúde. Transtornos psicológicos levando a compulsão alimentar podem facilitar o desencadeamento.
Outro fator indutor é o sedentarismo. A falta de atividade física frequente, é agravada pelo uso excessivo de veículos, elevadores, tempo em frente à TV e o computador, entre outros.
Fatores genéticos influem. Sendo um dos pais obeso, 50% dos filhos certamente o serão, aumentando para 80% se ambos pais forem obesos. Alterações nas funções das glândulas tireoide, suprarrenais e da região do hipotálamo também podem provocar a obesidade.
DIABETES: há hoje perto de 250 milhões de diabéticos no mundo (OMS), sendo 11 milhões no Brasil, sendo diretamente relacionado com a obesidade, que aumenta em três vezes o risco de diabetes, em relação ao não obeso. O Diabetes Mellitus é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, principalmente o infarto do miocárdio, causando também grande parte dos AVCs (acidentes vasculares cerebrais) e das doenças arteriais de membros inferiores. Por envolver todo o sistema arterial do organismo, compromete também as artérias renais (insuficiência renal aguda e crônica). O controle da glicemia, com tratamentos, ou com cirurgia quando indicada, é a única forma de retardar ou fazer desaparecer a doença.
DOENÇAS ARTICULARES: o excesso de peso sobrecarrega o sistema ósseo, principalmente a coluna vertebral, pressionando as vértebras, desgastando as articulações e podendo causar hérnia de disco. Dor lombar e nos joelhos e tornozelos será aliviada ou eliminada com a perda de peso.
HIPERTENSÃO ARTERIAL: o excesso de peso, consumo exagerado de alimentos industrializados e ricos em sal, e o sedentarismo, ajudam a aumentar a pressão arterial. A cirurgia bariátrica, ao reduzir o peso, levará a redução da pressão arterial, além de reduzir o LDL, o colesterol ruim, e aumentar o bom colesterol (HDL).
Várias outras doenças estão associadas com a obesidade: fadiga crônica, apneia do sono, ronco, cálculos de vesícula biliar, doença do refluxo gastroesofágico, algumas deficiências vitamínicas e de minerais, assim como o risco aumentado de alguns tipos de câncer (mama, intestinos, útero, etc). Alterações da coagulação sanguínea aumentam o riso de embolia pulmonar.
A prevenção da obesidade deve iniciar na infância. Refeições e lanches saudáveis, sem alimentos industrializados, refrigerantes, gordurosos e frituras, preferindo-se carnes magras e grelhadas, massas integrais, vegetais e frutas. O consumo de carnes deve ser moderado. Deve-se incentivar a atividade física e as mais variadas práticas esportivas.
Para o emagrecimento deve-se ter o apoio de uma equipe multidisciplinar clínico, endocrinologista, preparador físico, psicólogo, psiquiatra quando indicado).
Quando o tratamento clínico não consegue resolver as doenças causadas pela obesidade e é ineficaz na perda e manutenção da perda de peso, considera-se o tratamento cirúrgico.
Dr. João de Bona Castelan Filho – CRM SC 3607 – Cirurgia Videolaparoscópica – RQE- 5896 – GASTROMEDICA – INSTITUTO CASTELAN – http://gastromedica.com.br/p/a-clinica-gastromedica-instituto-castelan-criciuma-sc – Médico formado pela FURG (1981), residência de Cirurgia Geral (1982-1983), exercendo a Cirurgia Geral desde 1984 no Hospital São José, posteriormente também no Hospital São João Batista e no Hospital Unimed, desde sua abertura. Cirurgia geral e videolaparoscópica eletiva, de urgência e emergências. Fez estágios em videocirurgia no Heath Hospital de Cardiff (Reino Unido) e no Hopitaux Rangueil de Toulouse, (França). Implantou a videocirurgia no Hospital São José, em 1993. Foi fundador e presidente da Cooperativa Unimed de Criciúma até 1999. Em 1999, implantou a primeira Residência Médica de Cirurgia Geral do Hospital São José, sendo atualmente seu coordenador. Professor de cirurgia no curso de Medicina da Unesc.