Cuidado integrado do meio ambiente é a chave para a conquista da sustentabilidade no futuro
No Dia da Árvore, celebrado neste sábado, 21, haverá ações de distribuição de mudas nas principais praças dos municípios da Amrec, atividades estas realizadas pelos órgãos de meio ambiente e secretarias de agricultura.
O projeto Ingabiroba, nascida em 2009 nos municípios de Nova Veneza e Forquilhinha, e parceria do Comitê Araranguá, Associação de Drenagem e Irrigação Santo Isidoro (ADISI), Epagri e fundações de educação e meio ambiente, vai distribur 1,5 mil mudas para moradores dos entornos do Rio Araranguá, além de instituições de ensino e produtores de arroz de diversos municípios da Amrec e Amesc.
Este projeto já realizou ao menos 40 oficinais de plantio em seis municípios do Sul catarinense e plantou mais de 17 mil mudas de árvores em aproximadamente 130 mil metros quadrados, o equivalente a 13 hectares de áreas reflorestadas.
Em Içara ocorreu a distribuição de mudas de Ipês, Ingás e Pitangas na Praça da Matriz São Donato na sexta-feira (20) em alusão ao Dia da Árvore numa parceria entre a Fundação do Meio Ambiente (Fundai) e a empresa de sorvetes Eskimó.
A Fundai também fez a divulgação do projeto “Arborizando”, que será implantado em 2020 em Içara. “Vamos engajar as escolas e visar a recuperação de áreas de preservação permanente e vamos aproveitar o espaço do momento para apresentar uma prévia”, informou a responsável pelos Projetos Ambientais da Fundai, Taynan Toretti.
Árvores e rios
De acordo com a estimativa do Serviço Florestal Brasileiro, o país possui 58% do seu território coberto por florestas naturais e plantadas, sendo a segunda maior área de florestas do mundo, atrás apenas da Rússia. Além disso, o Inventário Florestal Nacional aponta que Santa Catarina, localizada totalmente na Mata Atlântica, detém o maior percentual de remanescente do bioma, com três milhões de hectares de florestas, o equivalente a 32% do território do estado.
Diante da existência de tamanho bem para a sociedade, o Comitê da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba reforça que as pessoas precisam agir de forma correta para manter e até aumentar a disponibilidade florestal, uma vez que, entre tantos outros benefícios, a manutenção das árvores também garante a disponibilidade de água e a consequente segurança hídrica de determinada região.
“A vegetação contribui para a manutenção da qualidade das águas, filtrando diversos sedimentos e outros poluentes, evitando o assoreamento dos rios, ajudando a manter a temperatura e a concentração do oxigênio dissolvido, reduzindo a sensação térmica, diminuindo a poluição sonora, servindo de barreira contra os ventos, sendo habitat para a flora e a fauna, fazendo a captação do gás carbônico e liberando oxigênio”, exemplifica o vice-presidente do Comitê Araranguá, Sérgio Marini.
Um outro benefício proporcionado pelas árvores, conforme a assessora técnica do Comitê Araranguá, engenheira ambiental Michele Pereira da Silva, é que suas raízes facilitam o processo de infiltração de água no solo, e, dependendo do tipo, diminuem o escoamento superficial da água, fazendo com que ela tenha menos velocidade e, consequentemente, diminuindo a possibilidade de erosão e outros problemas relacionados.
“Alguns tipos de vegetação também trabalham o processo de fitorremediação, em que a planta vai, aos poucos, removendo contaminantes orgânicos da água em que está inserida. Por isso a importância de se existirem as matas ciliares, que protegem imensamente os rios”, completa Michele.
As árvores devem estar presentes nos arredores de nascentes, matas ciliares e nas áreas de preservação permanente, uma vez que atuam diretamente na proteção da biodiversidade.