A intenção, segundo delegado regional, é otimizar o efetivo em prol das investigações
A possibilidade do fim do plantão noturno de atendimento da delegacia de polícia de Içara tem causado reações contrárias na Câmara do município. O vereador André Mazzuchello Jucoski, o Polakinho, enviou um requerimento para convidar o delegado responsável a discutir essa situação junto com autoridades e demais representantes da sociedade civil organizada.
O requerimento será votado na sessão da próxima segunda-feira. “O nosso município é o segundo maior da Amrec. E nós acreditamos que o fechamento desse plantão é um retrocesso. A Polícia Civil faz um excelente trabalho na nossa cidade e nós precisamos que esse serviço continue”, reivindica o vereador.
Segundo ele, essa reunião servirá para tentar impedir que o plantão policial seja desativado na cidade. “Nós queremos que esse plantão continue em funcionamento”, completa Polakinho.
Otimização do trabalho
A Polícia Civil estuda desativar o plantão no intuito de otimizar o efetivo policial em prol das investigações na região. Ou seja, caso a medida seja tomada, a delegacia de Içara passaria a funcionar até às 19h. Após isso, estaria fechada e os atendimentos para a população teriam que ser realizados pela central de polícia, localizada em Criciúma.
“O que motivou essa ideia foi o intuito de otimizar os recursos que a gente tem para reforçar no setor de investigação da polícia civil. Porque hoje a Polícia Militar já conduz todas as prisões dela para a Central de Polícia de Criciúma”, explica o delegado regional, Vitor Bianco.
A Central de Polícia de Criciúma atende sete municípios da região: Içara, Balneário Rincão, Treviso, Siderópolis, Nova Veneza, Forquilhinha e Criciúma. Segundo o delegado, à noite o flagrante já é feito na Central de Plantão Policial.
“Então o custo-benefício de nós mantemos um plantão é muito grande, porque durante a madrugada são feitos um ou dois boletins de ocorrência em média. E a gente acaba utilizando os policiais no plantão, sendo que eles poderiam estar na investigação”, argumenta o delegado Vitor.