Secretaria de Saúde reforça importância da vacinação

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De acordo com último levantamento, 25% da população ainda não se vacinou contra a febre amarela. Meta é imunizar 95% do público-alvo.

A vacinação contra a febre amarela continua à disposição nas unidades de Saúde de Içara. A meta é que a vacinação atinja 95% do público-alvo. Até o momento, apenas 75% da população tomou a vacina contra a febre amarela.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Içara, Laura Maté, a procura pela vacinação diminuiu nas últimas semanas. “As campanhas de divulgação na grande mídia diminuíram, então as pessoas acabaram diminuindo a procura pela vacina. Estamos fazendo divulgação nas mídias, os agentes comunitários de saúde estão indo nas casas das pessoas e reforçando a necessidade de as pessoas se vacinarem”, explica Laura.

Em 2019, dois casos de febre amarela foram registrados e as duas pessoas morreram. Elas na faixa-etária da vacinação, ou seja, faziam parte do público-alvo da campanha de imunização contra a febre amarela. Além disso, dois macacos também morreram no Norte do Estado, e um macaco morreu em Urussanga, em junho.

“A nossa intenção é que a população se vacine antes que o vírus esteja em circulação na região. A proliferação da febre amarela se intensifica em novembro e dezembro. Então a gente pede que a população se vacine o quanto antes”, solicita a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Içara.

A vacinação contra a Febre Amarela é recomendada para pessoas com idade entre nove meses de idade e 59 anos. “Pessoas acima de 60 anos, precisam passar por avaliação médica e liberação para obter a vacinação”, explica Laura Maté.

Nova campanha

Segundo ela, a próxima campanha que a Vigilância Epidemiológica realizará será em outubro. Conforme a coordenadora, não será uma campanha com vacinação específica. Será mais para chamar atenção dos pais para a necessidade de vacinação das crianças.

“A importância da vacinação se dá no sentido em que evita doenças tão graves como sarampo, meningite, paralisia infantil, dentre outras. Então é um caso de saúde pública. Quando a pessoa não toma a vacina, ela está correndo risco de contrair a doença e até transmitir para outras pessoas”, explica a secretária de Saúde de Içara, Jaqueline dos Santos.

A secretária conta que, embora o município promova horários estendidos nas unidades de Saúde, Dia D e divulgação nas mídias, parte da população ainda oferece alguma resistência com relação às vacinas e acabam acreditando em notícias inverídicas.

“Muitos grupos nas mídias sociais e as fake news anti-vacinais acabam influenciando a decisão das pessoas de tomarem as vacinas”, afirma. Jaqueline também conta que, em razão de muitos pais não terem presenciado os sintomas de doenças como o sarampo, por exemplo, existe a falsa impressão de que a doença já foi erradicada.

“Muitas pessoas nunca viram alguém com sarampo e sequelas que algumas doenças trazem. Então acabam achando que isso não acontece ou que a vacina não funciona. Quando na verdade ela serve para trazer benefícios e proteção às pessoas”, explica Jaqueline.

Ela conta que são realizadas palestras, divulgação nos veículos de comunicação, conversas nas escolas e nas comunidades para ressaltar a importância que a vacina tem para proteger a população. “Em toda a região da Amrec, de acordo com o último levantamento realizado pela regional de Saúde, aproximadamente 120 mil pessoas ainda precisam ser vacinadas na Região Carbonífera”, pontua a secretária de Saúde de Içara.