Candidata deixa a disputa por um espaço em Brasília para concorrer na majoritária

Içara

É de Içara o nome escolhido pelo PSB de Santa Catarina para compor como vice a Frente Democrática encabeçada pelo petista Décio Lima ao Governo do Estado. O partido optou pelo nome de Bia Vargas, que deixa a disputa por um espaço em Brasília para concorrer na majoritária. “É importante destacar que o Rodrigo e a Marcilei, que disputavam comigo esta vaga, tem papel importante em todo esse processo, tem qualidade e experiência, mas eu mantive minha indicação e briguei por ela porque acho importante acrescentar um perfil novo, diverso e que possa agregar”, ressalta Bia Vargas.

Ela ressalta que a escolha foi feita através de análise criteriosa do partido, com base em pesquisa e que lhe deixa ainda mais motivada. “Foi feita análise. Colocado na mesa o perfil e a escolha feita com base nestes critérios que levam em conta a boa vontade para encarar a campanha, projetos a serem apresentados e uma boa comunicação. Em pesquisa, o entendimento foi que o meu perfil agregaria mais a chapa e isso está consolidado”, reforça.

Segundo Bia, o objetivo agora é ampliar ainda mais o ritmo da campanha e percorrer o estado em busca de espaço no segundo turno. “O foco é esse, conversar em todo o estado com o maior número possível de pessoas, ao lado do Décio, do Dário, apresentar nossos projetos e buscar um espaço no segundo turno e brigar pela vitória porque temos todas as condições para isso”.

Bia não esconde que houve atrito com o presidente do PSB, Cláudio Vignatti, mas garante que esse é um assunto superado. “Houve sim, isso é natural, mas foi pelo bem do partido. É algo que faz parte do processo, mas que está superado. O foco agora é trabalhar pensando no dia 2 de outubro”.

Bia também reforça que pretende levar para a chapa majoritária posições que iria defender na disputa à Câmara Federal. Segundo ela, são suas próprias vivências que irão nortear a campanha. “Sou mulher, negra, mãe e empreendedora e sei cada desafio que isso tudo me exigiu e sei o que isso impacta na vida de quem vive esta mesma situação. Ainda hoje as mulheres são sim vistas de maneira diferente no mercado de trabalho, na sociedade. Se for negra então é ainda mais complicado. Ainda que de maneira sutil o racismo está ainda empurrando negros para periferia, para papeis secundários. Sei também o calvário que cada um enfrenta quando pensa em empreender. Nada mais justo do que ir para o processo eleitoral com a disposição de levar estes temas como bandeiras de luta”.