Com tecnologia e inovação, empresas de Içara conquistam mercado

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Expansão de indústrias içarenses, como a Farben e a
Librelato, está diretamente relacionada a investimentos
nessas áreas

Como a inovação e a tecnologia interferem na operação de grandes empresas de Içara, contribuindo para o desenvolvimento de processos e
produtos, o aumento da competitividade, a conquista do mercado e,
por consequência, nos resultados?
No caso da Farben Tintas e da Librelato, essas áreas são consideradas estratégicas, recebendo investimentos que alavancam a expansão
dos negócios. Sediada na cidade, mas com alcance em todo o país, a indústria química completará 30 anos de atividade no ano que vem,
tendo como objetivo chegar a R$ 1 bilhão em faturamento. “A tecnologia e a inovação estão desde o início conosco, estão no nosso DNA, da empresa e da família. Entendemos que sempre é preciso ir atrás, buscar novas oportunidades, garantir um produto de qualidade, com um custo-benefício atraente para os clientes”, expõe o diretor administrativo da companhia, Edmilson Zanatta. O empresário conta que, até determinada época, essas áreas eram priorizadas, no entanto, sem a organização necessária. “A partir de 2005, começamos a estruturar melhor a empresa e demos um passo
a mais na questão da inovação. De 2010 em diante, começamos a fazer algo mais concreto, com metas e objetivos. Ser o diferencial para os nossos clientes requer muita tecnologia”, considera

Executivo Edmilson Zanatta explica que a inovação está presente em todos os departamentos da Farben, mas não se restringe ao ambiente da empresa

Parcerias com instituições de ensino e aproximação com o ecossistema regional

Edmilson Zanatta explica que a inovação está presente não só no desenvolvimento de novos produtos, abrangendo ainda os processos internos, como de produção e até de marketing. Apesar de cada departamento ter o compromisso de apresentar ideias inovadoras
periodicamente, esse movimento não fica restrito ao ambiente
interno da companhia. A Farben buscou parcerias com instituições de ensino e a aproximação com o ecossistema regional. Mais recentemente, tornou-se um dos dez parceiros que se juntaram à Satc para a criação da Cidade do Conhecimento, um distrito de inovação projetado e executado
em conjunto com a empresa israelense BaseCamp, referência mundial na área. A indústria química içarense também está presente no
Cobusiness Satc, espaço pensado para desenvolver soluções inovadoras para os negócios.“Alguns projetos que poderão ser acelerados estão incubados nesse ambiente ‘descolado’ das empresas. Vemos que grandes
organizações estão fazendo isso, colocando seus centros de desenvolvimento fora do ambiente empresarial”, justifica o empresário.

Pilares para o crescimento e ampliação do portfólio

Eleita por oito anos seguidos como a empresa mais inovadora no segmento Máquinas e Equipamentos da região Sul do Brasil, pela Revista Amanhã, a Librelato tem a inovação e a tecnologia como pilares para o crescimento e a conquista de mercado. Com recursos do orçamento voltados especificamente para essas áreas, a companhia sediada em Içara
inova em produtos e processos, amplia o portfólio de serviços
e está a um passo de oferecer também novas tecnologias para
o setor de transportes. “Inovar é entregar algo a mais e que tenha a possibilidade também de gerar lucro para a companhia, viabilizando novos investimentos. Na Librelato, a inovação e a tecnologia
são tratadas como uma cultura. Fazem parte do nosso plano de
gestão e da nossa estratégia de sempre entregar melhores produtos a nossos clientes”, afirma José Carlos Sprícigo, CEO da empresa.
Ele explica que a inovação se dá em duas frentes. Internamente, colaboradores de todas as áreas podem apresentar propostas por meio da ferramenta Acelera Librelato, que em um ano e meio de implantação já
rendeu mais de 1 mil ideias. “A inovação pode ser algo muito
simples, como tivemos agora uma mudança no corte de chapa, que vai proporcionar uma economia de R$ 270 mil por ano. Conseguimos ainda reaproveitar os bicos de solda, que são feitos de cobre, e revendê-los por R$ 30 o quilo”, cita o executivo. “Esse modelo é muito legal, mas a inovação só no ambiente da empresa concorre com o dia a dia e às vezes se perde eficiência e produtividade”, emenda Sprícigo, ao justificar por que a Librelato adota também a chamada inovação aberta, fora do ambiente da companhia. “São muito importantes essas conexões com o ecossistema”,
entende.

Andréia Limas Especial Jornal Gazeta e Canal Içara