Estima-se que o prejuízo das transações tenha chegado aos R$ 15 milhões

Tubarão

A Polícia Federal deflagrou ontem (3) a Operação Quéfren para desarticular uma organização criminosa que atua na forma de pirâmide financeira e na prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. As diligências ocorreram em Tubarão, Camboriú e Balneário Camboriú, além de Barueri, em São Paulo (SP). Estima-se que 120 pessoas tenham sido lesadas gerando um prejuízo de R$ 15 milhões.

Os agentes federais cumprem 11 mandados expedidos pela 1ª Vara Federal de Itajaí (SC), três deles de prisão temporária e oito de busca e apreensão, em endereços nas cidades catarinenses e na cidade paulista. A PF também está fazendo o bloqueio e sequestro de bens em nome de pessoas físicas e jurídicas da organização. Os crimes nos quais os infratores foram indiciados são os de organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e os crimes contra o sistema financeiro nacional.

Segundo apurado na investigação, a organização é composta por cerca de 20 pessoas e iniciou as atividades ilegais em 2019, por meio da constituição de empresas que atuavam na forma de banco digital, sem autorização do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).  O grupo atuava com a falsa promessa de rendimentos acima dos juros de mercado, captando recursos financeiros na forma de depósitos em dinheiro ou por meio da negociação de criptomoedas.

“Foi possível identificar que a principal empresa envolvida encerrou suas atividades em 2021, alegando que todos os investimentos dos clientes estariam bloqueados em uma conta de corretora de criptomoedas. Posteriormente, essa mesma empresa lavrou boletim de ocorrência acusando uma celebridade italiana de apropriar-se dos recursos. Suspeita-se, no entanto, que podem se tratar de histórias fictícias com o objetivo de os investigados passarem-se por vítimas e esquivarem-se da cobrança dos investidores”, diz a PF.

O nome da operação faz referência ao segundo maior monumento do Egito Antigo, a Pirâmide de Quéfren, construída há mais de 4.500 anos.