No mesmo período do ano passado, os 12 municípios que compõem a região haviam perdido, na soma, mais de 2,5 mil postos de trabalho com carteira assinada

Criciúma, Içara e Região

O Ministério da Economia divulgou nesta quinta-feira, 29, os dados de junho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e os números mostram que a Região Carbonífera fechou o primeiro semestre com 6.843 empregos adicionados. No mesmo período do ano passado, os 12 municípios que compõem a região haviam perdido, na soma, mais de 2,5 mil postos de trabalho com carteira assinada.

“Desde janeiro, o mercado de trabalho formal registra mais contratações que demissões na Região Carbonífera, culminando com quase 7 mil novas vagas no acumulado do ano. É um sinal claro de que os setores econômicos mantiveram a recuperação iniciada no segundo semestre de 2020. Isso dá confiança aos empresários para que continuem investindo em suas atividades e ampliando seus negócios”, avalia o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin.

A geração de empregos no período foi puxada por Criciúma, que acrescentou 3.302 novas vagas entre janeiro e junho. Içara confirmou o segundo melhor desempenho da região, com a adição de 1.013 novos postos de trabalho formal no primeiro semestre. A seguir, aparecem Forquilhinha, com 455, e Morro da Fumaça, com 419. Urussanga somou 339, enquanto Nova Veneza chegou a 314.

“É preciso ressaltar que todos os municípios da região tiveram saldo positivo no primeiro semestre”, observa Dagostin, referindo-se ainda às 264 vagas de Orleans, 256 de Cocal do Sul, 163 de Balneário Rincão, 159 de Siderópolis, 105 de Lauro Müller e 54 de Treviso.

Crescimento considerável em junho

Em junho, a Região Carbonífera registrou 6.657 admissões e 5.840 desligamentos, resultando em saldo positivo de 817 empregos. O desempenho significa um aumento considerável em comparação com o mesmo mês de 2020.

Também no mês de junho o maior volume foi gerado por Criciúma: 569 novas vagas. Com 91 empregos de saldo, Forquilhinha vem na sequência, deixando Içara em terceiro, com 80.

A região segue a tendência de alta verificada em Santa Catarina. O Estado obteve saldo de 14.966 empregos em junho, acumulando 126.111 no primeiro semestre, o melhor desempenho entre os três estados do Sul e o terceiro maior do país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.

Melhores do Estado

Santa Catarina possui pouco mais de 3% da população brasileira, mas responde por parte significativa do saldo de empregos dos últimos tempos. Em 2020, o Estado foi responsável por mais de um terço das vagas criadas no país. As dez cidades que mais geraram empregos no estado no primeiro semestre foram: Joinville (saldo de 10.838), Blumenau (9.763), São José (6.658), Itajaí (6.412), Chapecó (5.019), Jaraguá do Sul (4.881), Florianópolis (3.668), Brusque (3.465), Criciúma (3.302) e Tubarão (3.190).

Na divisão por setores, o setor de serviços teve o melhor desempenho em junho, sendo responsável por 6.860 novos postos de trabalho. Na sequência, veio a indústria (5.822), o comércio (3.730), a construção (1.164) e a agricultura (125).

Resultado nacional

Em todo o país, foram criados 309.114 postos de trabalho em junho. No acumulado do ano, o saldo é de 1,53 milhão. Estado mais populoso do país, São Paulo liderou o ranking (saldo de 491 mil), seguido de Minas Gerais (334 mil), Santa Catarina (126 mil), Paraná (118 mil) e Rio Grande do Sul (93 mil).