Espaço atende diariamente das 7 às 22 horas, no bairro Jardim Elizabete

Içara

Desde o início da pandemia do novo coronavírus até a última terça-feira (15), Içara registrou 5.499 casos confirmados de Covid-19. O município tinha, na mesma data, 5.226 pacientes recuperados da doença, além de 107 óbitos. Para atender a essa demanda, a secretaria municipal de Saúde mantém o Centro de Triagem da Covid-19, no bairro Jardim Elizabete. O espaço, que funciona diariamente das 7 às 22 horas, registra, em média, 120 atendimentos por dia.

A situação, conforme a enfermeira Shirley Gazola Cardoso, é de alta na procura, porém, com estabilidade. “O movimento tem aumentado, com picos e quedas, porém, numa condição estável. Por dia, são em torno de 120 atendimentos, entre consultas médicas e realização de exames”, destaca, frisando que, normalmente, são atendidos pacientes sintomáticos, com a doença em fase inicial. “A orientação é que as pessoas nos primeiros dias devem se dirigir ao Centro de Triagem, porém, algumas já chegam com o caso mais agravado, o que já é identificado logo na recepção, quando é colocado o oxímetro, então encaminhamos ao hospital, em ambulância ou por um familiar, quando o paciente está estável”, explica, informando que são, em média, cinco casos desse tipo por semana.

Atualmente, a equipe do Centro de Triagem conta com três enfermeiros, cinco médicos que atuam em escala, além dos finais de semana, quando trabalham outros médicos que não são fixos. Há ainda técnicas em enfermagem e higienizadoras. “Todas as pessoas que nos procuram, apresentam algum sintoma respiratório, já que o local ideal para esse atendimento é ali, até para desafogar as unidades de saúde e o hospital”, salienta, esclarecendo que pessoas com casos como dores crônicas ou infecções urinárias não devem procurar o Centro de Triagem. “As pessoas que tiveram Covid-19 há menos de três meses devem procurar as unidades de saúde dos bairros, para acompanhamento”, afirma.

O espaço atende apenas pacientes com sintomas da infecção pelo coronavírus. “Realizamos os testes apenas mediante a solicitação do médico, portanto, a pessoa deve, primeiro, ter sido atendida pelo médico. Não fazemos o teste em pacientes assintomáticos ou que tiveram contato com alguém com resultado positivo”, enfatiza, pontuando que não há idade mínima para consulta. “Atendemos desde bebês até idosos”, pontua.

Na maioria dos casos, o paciente recebe os medicamentos no próprio local. “Na grande maioria dos casos, os remédios que a pessoa necessita são entregues no momento da consulta, até porque, como a pessoa sai em isolamento, o objetivo é que não vá até uma unidade de saúde ou farmácia. Eventualmente, pode acontecer de o médico precisar de um medicamento diferente, então, orientamos que algum familiar que não esteja em isolamento vá até a farmácia para comprar, porém, são casos muito específicos”, frisa.

Quando procurar o hospital?

De acordo com a enfermeira, pacientes que apresentem falta de ar intensa, cuja saturação de oxigênio esteja abaixo de 93%, devem procurar diretamente o hospital. “Principalmente nos casos de pessoas que já estão positivas para a Covid-19 e possuem um oxímetro em casa”, conclui.