Em comunicado, Francisco José Battistotti, que também é presidente do Avaí, elencou vários motivos

Florianópolis

Nos últimos dias, devido ao aumento do número de casos da Covid-19 em todo território brasileiro, alguns campeonatos estaduais foram paralisados. Na quinta-feira (11), por exemplo, o Governo de São Paulo anunciou que o Paulistão não terá jogos entre 15 e 30 de março (leia matéria abaixo).

Em comunicado, o presidente do Avaí e da Associação Nacional de Clubes de Futebol, Francisco José Battistotti, disse ser contrário a essa paralisação e elencou alguns motivos para bancar a sua opinião, como o controle dos casos e também a questão econômica.

“Estamos vivendo novamente um debate sobre o cancelamento das competições oficiais do futebol, como se fôssemos responsáveis pela transmissão da Covid-19. Já provamos no ano passado que conseguimos manter a segurança de todos os profissionais que trabalham com o futebol graças aos rigorosos cuidados que implementamos, unindo as equipes médicas dos clubes com as autoridades da saúde”, garantiu Battistotti.

Só no Estadual da Série A do ano passado, os clubes realizaram mais de mil testes nos jogadores, comissão técnica e demais colaboradores para detectar a presença do novo coronavírus. “Fizemos o que parecia impossível e retomamos o show do futebol, preservando, ao máximo, a integridade de todos. A mesma preocupação continuou nos jogos do Campeonato Catarinense das séries B e C, e a Copa Santa Catarina de 2020, promovidos pela Federação Catarinense de Futebol. E estamos fazendo tudo novamente, na Série A deste ano”, continua o comunicado da associação.

Na quarta-feira (10), a Confederação Brasileira de Futebol se reuniu com a Associação Nacional dos Clubes de Futebol para debater a continuidade do futebol em todos os Estados. “Por unanimidade, foi decidido que a bola deve continuar rolando no Brasil, mesmo em meio ao pior momento da pandemia da Covid-19 no país”.

Motivos para continuar os jogos segundo a CBF:

1 – A disputa das competições de futebol estaduais e nacionais, sem a presença dos torcedores nos estádios, ocorre em um ambiente seguro e controlado, continuamente monitorado por meio de testes e inquéritos epidemiológicos, seguindo protocolos de segurança;

2 – Em relação às competições nacionais, a CBF aplicou até este momento quase 90 mil testes, com taxa de positividade de apenas 2,2%, sendo que isolou e fez o tratamento adequado com essas pessoas;

3 – Estudos científicos elaborados por médicos especialistas atestam que não houve contágio entre os jogadores durante as partidas, resultados comprovados a partir do monitoramento de jogos de 21 competições, 367 equipes, 2.423 jogos e 218 mil minutos de futebol;

4 – Do ponto de vista econômico, a realização dos jogos e competições representa a quase totalidade dos recursos obtidos pelos clubes e, consequentemente, da manutenção dos empregos por eles gerados – cerca de 11.300 contratos profissionais ativos registrados na CBF.