Não há previsão para fim das fases 1 e 2 da vacinação contra Covid em SC

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Secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, participou de forma virtual da sessão especial da Alesc

Agência Alesc

Não há previsão para a conclusão das fases 1 e 2 da vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina, segundo informou secretário de Estado da Saúde ontem (10), durante sessão especial da Assembleia Legislativa.

“A velocidade da vacinação é dependente do fornecimento de vacinas, estou em busca de respostas, tenho agenda com o Ministério da Saúde para discutir o quantitativo para o estado, novas remessas, temos de acelerar, senão levaremos alguns meses para cumprir as fases iniciais”, reconheceu André Motta Ribeiro, que lamentou não ter “respostas sobre vacinas que estão para chegar”.

De acordo com o plano de vacinação da Secretaria de Estado da Saúde, a fase 1 abrange 426 mil pessoas e a fase 2, cerca de 844 mil, totalizando 1,2 milhão de catarinenses. A fase 1 compreende os trabalhadores da saúde, pessoas com mais de 75 anos, idosos em asilos e indígenas, enquanto a fase 2 está focada nas pessoas com mais de 60 anos.

Em contrapartida, o estado recebeu apenas 298 mil doses, quando seriam necessárias cerca de 900 mil para imunizar com duas doses os cidadãos incluídos na primeira fase.

De acordo com o secretário, já foram aplicadas 96.596 doses, 53,7% do total disponibilizado ao estado pelo Ministério da Saúde. O percentual, conforme explicou Ribeiro, excede os 50% porque o estado já aplica a segunda dose da Coronavac, que precisa ser ministrada 15 dias depois da primeira.

“Ontem começamos a aplicação da vacina para pessoas acima de 90 anos, essa decisão foi tomada com a participação de todos os municípios”, revelou o secretário, acrescentando que mais de 40% dos profissionais de saúde ainda não foram vacinados. “Os profissionais de saúde permanecem como prioridade, se houver sobras de vacinas de um grupo, tem de ser utilizadas entre profissionais de saúde, indígenas ou idosos”.

Vacinação dos profissionais da educação

Luciane Carminatti (PT) questionou o secretário sobre a possibilidade de vacinação dos profissionais de educação, dado o iminente retorno às aulas. Ribeiro informou que atualmente o quantitativo de vacinas não é suficiente para vacinar professores e servidores das escolas.