“Não vamos realizar concurso público”, avisa Salvaro

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Prefeito reeleito em Criciúma vai aguardar reforma administrativa antes de estudar mais contratações

Criciúma

O prefeito reeleito de Criciúma, Clésio Salvaro, em entrevista coletiva ontem (16) para falar sobre as eleições de domingo, sua vitória e mais um mandato, justificou sua decisão de só se manifestar após o resultado oficial emitido pelo TSE por “uma questão de respeito com o eleitor e também com os adversários”.

Mas o que mais reflete na próxima administração é a decisão do prefeito reconduzido ao cargo de não inchar a máquina pública e tornar a gestão mais ágil e barata para os cidadão do município. Clésio Salvaro reafirmou o compromisso com o desenvolvimento de Criciúma e afirmou: “Não vamos realizar concurso Público”.

“Temos o compromisso de não fazer concurso enquanto não for aprovada a reforma administrativa (no Congresso Nacional). Vamos tornar muito mais intenso o ganho por produtividade. A meta é reduzir para 35% o gasto com pessoal”, garantiu. “Temos que trazer para dentro dos governos o ganho pela produtividade, não se pode fazer uma prova, passar e ficar durante 25, 30 anos sem estar comprometido. Temos bons servidores públicos, extraordinários, mas é preciso estabelecer a meritocracia pelo ganho e pela produtividade, porque só assim vamos tornar a máquina pública melhor”, pontuou.

Uma das principais propostas ressaltadas pelo prefeito para o próximo mandato diz respeito ao gasto da arrecadação municipal. Salvaro diz querer reduzir ainda mais a folha de pagamento em relação a arrecadação do município, passando de 37,5% para 35%. “Só dessa forma vai sobrar mais dinheiro para investir na cidade e nas pessoas”, declarou.

Agradecimento

Salvaro agradeceu a confiança dos eleitores e o apoio do vice Ricardo Fabris e da família. “Ela esteve mais uma vez ao meu lado nesse processo eleitoral”, disse. Salvaro teve 72,36% dos votos.

“Vencemos uma eleição extraordinária. Às vezes você tem uma derrota política e eleitoral, às vezes tem uma vitória política e uma derrota eleitoral. A derrota eleitoral te ensina muito, talvez mais do que a própria cidade, porque a cidade é muito plural e precisamos conduzir dessa forma. A partir de agora, continuaremos sendo prefeitos de 218 mil criciumenses. Agora não tem mais número, 45, 15, 13, agora o nosso partido é a nossa cidade”, disse.

Nova Câmara de vereadores

Salvaro deve manter uma nova relação com os vereadores, pois a mudança de cadeiras foi grande. De acordo com o prefeito, o legislativo criciumense que sai produziu um grande número de propostas inconstitucionais que acabaram atrapalhando e atrasando a ação do executivo. “Quero ter uma relação no sentido de respeitar o poder judicial, a constituição federal e o estado”, disse.

Conversas com Daniela ou Carlos Moisés

O prefeito reeleito também deverá buscar audiência com a governadora interina Daniela Reinehr (PSL) ou o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), caso volte ao cargo, para tratar das questões da pandemia. Mas ele foi taxativo: “Não queremos um novo lockdown. A vida em primeiro lugar e a coisa tem que caminhar, não podemos desligar a cidade da tomada. Sob hipótese alguma vamos nos conformar com essa situação. Emprego, renda e trabalho devem continuar”, disse.

Sobre as diferenças com Moisés, Salvaro disse que o embate entre eles é referente a uma busca por soberania de Criciúma. “O que tive com o governador é uma questão de luta em defesa da soberania da nossa cidade. Esse assunto está resolvido, temos outras demandas que são mais importantes e das quais precisamos cuidar”, declarou.