Mais de 44% dos brasileiros não sabem quais são os sinais e sintomas e, por isso, não conseguem identificar a doença

“A trombose é a formação de um coágulo dentro de uma veia ou artéria. Ter um estilo de vida saudável é uma das principais formas de prevenção, mas não o suficiente. Um check-up vascular é muito importante para detectar fatores de risco que possam facilitar o desenvolvimento de um trombo”, explica a cirurgiã vascular Mariana Desconci Lupselo.

Entre os sinais da doença estão: mudança de cor, ficando azulada ou avermelhada; dor principalmente na panturrilha, mas se espalhando para o tornozelo e o pé, a perna pode inchar em diferentes graus; sensação de queimação e peso constantes nas pernas; aumento do calibre das veias ou das varizes pré-existentes.

Segundo o cirurgião endovascular e vascular Daniel Lupselo, a trombose venosa é a mais comum e ocorre quando o coágulo bloqueia uma veia. Esse tipo pode causar embolia pulmonar. Na arterial, o coágulo bloqueia a artéria, podendo levar a um acidente vascular cerebral. “As varizes aumentam o risco de trombose venosa. Dentro das veias dilatadas, o fluxo sanguíneo fica mais lento e isso favorece a formação dos coágulos. Mais do que pela estética, cuidar das varizes evita essa e outras complicações, como erisipela (zipra e úlceras varicosas)”, aponta o cirurgião vascular. “Em caso de dor, inchaço e sensação de peso nas pernas, além de manchas na pele, coceira e descamação, um profissional da área deve ser procurado”, reforça Lupselo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu uma meta global para reduzir em 25% o número de mortes prematuras por doenças não infecciosas até 2025. Uma pesquisa mundial recente revelou que 10 milhões de casos de Tromboembolismo (TEV) ocorrem anualmente – em países de baixa, média e alta renda. No Brasil não existe dados precisos.