Criciúma pode retomar restrições após aumento de internações

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Prefeito fez vídeo informando que novas medidas restritivas serão implantadas caso a população não colabore

Criciúma

A exemplo de Florianópolis, onde o prefeito Gean Loureiro alertou para um novo fechamento geral e restringiu novamente a mobilidade das pessoas na capital de Santa Catarina, Criciúma está no mesmo caminho. Ontem, o prefeito Clésio Salvaro postou um vídeo nas redes sociais onde dá uma “bronca” na população que não está seguindo normas de distanciamento e uso de máscara, por exemplo.

“Estamos muito preocupados porque estamos acompanhando a movimentação na cidade e vendo o cidadão ferindo as regras”, disse no vídeo. Garantiu que abriu o comércio porque é importante o povo voltar a trabalhar, mas se disse triste porque “as pessoas não estão colaborando”. “Depois a responsabilidade é só do prefeito? … É de todos. E a “bronca” maior foi para hipertensos, diabéticos e idosos. “Vocês tem que ficar em casa. Dos 11 óbitos, 10 morreram por causa disso”, emendou.

Números não ajudam abertura

Nos últimos dias houve um aumento no número de internações de casos confirmados ou suspeitos de Covid-19. Segundo o secretário de Saúde, Acélio Casagrande, 46 pacientes estão internados em Criciúma, contabilizando leitos de enfermaria e de UTI.

O município contava com 18 leitos de UTI exclusivos para pacientes com sintomas respiratórios. O número foi ampliado para 28. Hoje, metade já estão ocupados. “Na Unimed, um mês atrás tinha apenas um paciente na UTI e nenhum em clínica. Ontem já tínhamos 19 internações entre UTI e enfermaria”, contou. “Essa semana será de muita análise, porque se continuar o aumento, tem que fazer uma avaliação de restrição. Ninguém quer parar nada, mas temos que fazer essa análise da vida, de não deixar faltar leito hospitalar”, afirmou.

Segundo Acélio, é fundamental que cada cidadão faça a sua parte na cumprimento das recomendações de distanciamento e uso de máscara. A principal preocupação é nos fins de semana. “A gente viu bares lotados e uma aglomeração muito grande. É uma situação delicada e que necessita da consciência das pessoas”, comentou. “O preço pode ser muito alto para todos. Criciúma pode novamente fechar e isso não é bom”, lamentou.

Medidas mais restritivas

Uma das medidas que podem ser adotadas em criciúma é a obrigatoriedade do uso de máscaras nas ruas. Também será avaliado a determinação de horário para comércios. Reduzir o número de ônibus nas ruas é outra alternativa. De acordo com o secretário de Saúde, os meses de junho e julho eram a principal preocupação das equipes desde a chegada do novo coronavírus. “Estamos no momento mais delicado da pandemia”, concluiu Acélio.