As enxaquecas são geralmente pulsáteis e têm causas vasculares, hepatobiliares e psicológicas e podem ser controladas com técnicas viscerais e de controle do tono arterial

Da Redação

Estresse, ansiedade, cansaço, preocupação, alimentação inadequada (seja pelo excesso de alimentos estimulantes ou gordurosos ou pelo jejum prolongado), problemas de visão (astigmatismo, hipermetropia e miopia), alterações hormonais, bruxismo são algumas das causas das dores de cabeça.

Aproximadamente 15 milhões de brasileiros sofrem diariamente com essa dor latejante ou pulsante. Conforme a International Headache Society, as dores de cabeça podem ser classificadas em: cefaleias primárias (enxaquecas, tensionais e em salvas); secundárias (traumas e distúrbios diversos) e nevralgias cranianas.

“Uma das formas mais comuns de tratamento é o medicamentoso, porém na maioria dos casos não é satisfatório, pois trata apenas dos sintomas e não da causa. Outra opção que vem sendo utilizada é a aplicação do botox, que tem apresentado bons resultados, contudo há alguns contrapontos temporários”, explica o fisioterapeuta e osteopata Edson Bramati.

De acordo com Bramati, a osteopatia poderia auxiliar pacientes que sofrem de constantes dores de cabeça ao buscar a causa do incômodo por meio de uma avaliação. O fisioterapeuta e osteopata ressalta o estudo publicado em 2018 pelos autores Yao e Leder que elencam causas e possíveis tratamentos pela osteopatia. “Exemplos disso são as sinusites – que causam dores de cabeça pela inflamação – que podem ser tratadas com técnicas de drenagem. E as tensões cervicais e cranianas que podem ser aliviadas com melhora ao tono autonômico, ao fluxo sanguíneo e a drenagem linfática”, argumenta.

As enxaquecas, segundo Bramatti, são geralmente pulsáteis e têm causas vasculares, hepatobiliares e psicológicas e podem ser controladas com técnicas viscerais e de controle do tono arterial. Outros exemplos são os distúrbios na ATM (disfunção da articulação temporomandibular), crânio e traumas nos dentes, nos quais o nervo trigêmeo inerva a ATM, os dentes, passa pelos forames do esfenoide e grande parte das membranas intracraniadas (dura-máter) que podem ser tratadas com técnicas próprias para ATM e de estruturas que influenciam o nervo.

“Para cefaleias pós-traumáticas o tratamento na região suboccipital tem trazido bons resultados. Isso é possível porque essa prática clínica não se limita apenas nessas possibilidades, mas sim analisa o indivíduo como um todo. O ponto-chave é a importância da avaliação e do diagnóstico médico multidisciplinar: nutricional, odontológico, psicólogo, entre outros”, finaliza Bramati.