Pelo direito de trabalhar

Dezenas de comerciantes e funcionários se reuniram nesta tarde na Praça Nereu Ramos, no Centro de Criciúma, para mais um protesto. Munidos de cartazes eles clamaram pelo direito de voltar a trabalhar. Entre os funcionários, o temor de perder o emprego. Entre os empresários, o medo de ver a falência bater as portas.  “Eu paguei a folha deste mês e falei aos funcionários para que economizem, porque eu não sei quando vou conseguir rodar outra folha”, alertou o ex-presidente da CDL de Criciúma, Gelson Philippi. Ele lembrou que o movimento desta terça-feira foi voluntário, sem líderes. “É uma reação de quem quer trabalhar, quer dar continuidade ao seu negócio. Ninguém é moleque, sabemos do vírus, mas queremos abrir com todas as normas sanitárias que estão impostas a outros estabelecimentos”, cobrou.

Com cuidados

Está mais do que claro para todos que o coronavírus é um assunto sério, delicado, que precisa ser encarado com responsabilidade, mas sou obrigado a fazer coro com que faz a roda da economia girar. Manter tudo parado vai nos empurrar para o caos econômico e vamos enfrentar um cenário ainda mais grave que esse que está colocado.

Em Içara

A preocupação de Criciúma é a mesma em Içara. “O governador vai quebrar o comércio de Santa Catarina. Se pode abrir os demais setores, porque o comércio em geral não abre? Em Içara já temos muitas demissões e muitos lojistas querem ir até o palácio do Governo para entregar os boletos e as chaves do comércio”, dispara o presidente da CDL Alexandre Fernandes. Em entrevista a Massa FM ele lembrou que a tal ajuda do governo é faz de conta. “Vai levar um ano para chegar de tanta burocracia que tem. Para o povo, vocês ganhar uma cesta básica e olhe lá”. No fim da tarde a CDL voltou a se manifestar e informou que os comerciantes estão prontos para aceitar as medidas sanitárias necessárias e prontos para voltar a trabalhar.

Os empregos

Presidente da Associação Empresarial de Criciúma lamentou o indicativo do governador Carlos Moisés de manutenção da quarentena. Em entrevista à Massa FM ele lembrou que pressão não está faltando. “Quem sabe ainda seja possível reverter isso. A situação está delicada, peço as pessoas que saiam a rua de máscaras, que mostrem que estamos prontos para voltar a atividade”. Dagostin também apresentou em detalhes os números de uma pesquisa feita pelo Sebrae. “Eu conversei com o responsável pela pesquisa e quero não acreditar nisso. Mas ele mostrou que nós tivemos só em Criciúma, 3 mil demissões em duas semanas. Isso só nas micro e pequenas empresas”.

Boa notícia

Segunda-feira Içara recebeu do Lacen a confirmação de mais sete casos de coronavírus na cidade, mas é preciso destacar que todos os pacientes estão bem, em casa “e na fase final do processo de recuperação”, explica a Secretária de Saúde, Jaqueline dos Santos. Além disso, no São Donato, a ala criada para pacientes do coronavírus está vazia.

Na CCJ, passou

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Santa Catarina fez hoje a sua primeira reunião virtual da história. Nesse encontro, a CCJ deu parecer favorável a duas propostas do deputado Jessé Lopes (PSL). Nas propostas, o parlamentar pede que sejam suspensos os efeitos dos decretos estaduais 525, de 23 de março de 2020, e 535, de 30 de março, editados pelo governador Carlos Moisés da Silva, tratam das medidas de isolamento social, suspensão de serviços públicos e de atividades econômicas durante a epidemia de Covid-19 em Santa Catarina, consideradas excessivas pelo deputado. O projeto precisa agora superar outras comissões para só então chegar ao plenário.

Bela iniciativa

Colaboradores da Cooperaliança foram imunizados nesta terça-feira contra a gripe. Uma bela ação da cooperativa que valoriza seus colaboradores e garante mais saúde para eles, para a família e para os clientes da cooperativa.

Na pauta

Câmara de Vereadores de Criciúma a sessão retoma hoje, aquela via internet, para discutir a redução de salários do prefeito, do vice e dos vereadores. A medida integra a lista de medidas anunciadas pelo governo para equilibrar as contas públicas neste período de pandemia.